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Taberna do Jeréré

Peso da Régua - Vila Real - Portugal

A tradição gastronómica para os turistas portugueses.

(Razoável ..... 6,9/10)

Créditos: Foto de Website da Taberna do Jeréré


Escondido numa das ruelas por trás do Museu do Douro, está um segredo bem guardado da tradicional gastronomia portuguesa. O Peso da Régua consegue ser altamente turístico, fruto dos cruzeiros no Douro, as paisagens vinhateiras deslumbrantes e da sua localização estratégica para a visita ás antigas linhas de comboio a vapor, mas também porque a autoestrada passa agora mesmo ali ao lado. No entanto, este restaurante parece ter parado no tempo, mantendo-se fiel ás tradições e continuando a apontar para o turista local.

O Local (6/10)


Situado numa das ruelas por trás do Museu do Douro, não há estacionamento na rua e encontrar lugar nas redondezas pode não ser fácil. No entanto, está bem no centro histórico da cidade, numa rua bem típica e preservada, perto de tudo, daí que nos dias mais confusos possa ser obrigado a pagar algum parquímetro ou a ficar algo distante. 

O Espaço (5/10)


O restaurante não tem janelas, portanto esqueçam a vista panorâmica que o turista tanto gosta. É uma taberna! É um espaço fechado, pequeno e até um pouco apertado devido à disposição das mesas que também não são muito funcionais, obrigando algumas vezes a uma posição pouco confortável devido à existência de bancos nas zonas mais escondidas. A decoração é totalmente rústica com móveis, cadeiras e mesas em madeira grosseira enquanto as paredes são salpicadas com pequenos quadros e uns candeeiros para tentar dar um ar mais parecido com um bistrô. Pode tornar-se algo ruidoso quando há grupos, mas normalmente é bem frequentado por famílias de idade mais avançada que são mais propensas a ementas tradicionais. O facto de se poder fumar num espaço destes também não ajuda muito a criar ambiente.

O Serviço (6/10)


O dono é incansável e passa muito tempo sozinho na sala, sem ajudantes e sempre a correr de um lado para o outro, mas quando a sala está cheia é natural que se desoriente um pouco, embora por vezes receba alguma ajuda de assistentes mais jovens e inexperientes. O atendimento é muito atencioso, informal, simpático e educado, mas só é mais personalizado aos primeiros clientes, porque depois não há mãos a medir. Os estrangeiros não ficam muito impressionados com o local especialmente devido a dificuldades de comunicação com o dono.

A Ementa (7/10)


Na realidade não há uma, mas sim duas ementas! Existe uma cá fora com os pratos habituais, mas depois há também uma lista manuscrita num bloco que não respeita muito as regras de marketing, mas que demonstra bem a rusticidade do local. A ementa que está lá fora apela aos pratos mais conhecidos e turísticos como a Posta Barrosã ou a Chanfana de Galo, mas as verdadeiras especialidades da casa estão no bloco em papel e foi só dessas que escolhemos. As entradas não me chamaram muito a atenção, mas na lista de sobremesas havia alternativas bem atractivas

A Apresentação (5/10)


A apresentação das travessas é algo grosseira, mas outra coisa não seria de esperar. Já os produtos têm sempre bom aspecto.

A Refeição (8/10)


Como estava de férias fui lá jantar 3 vezes e fiquei sempre satisfeito.

Vinho branco da casa - fresquinho vai bem com todos os pratos.
Bola de Carne - das melhores que comi até hoje.
Naco Serrano - agradável, mas sem surpreender
Coelhinhos de Porco - (confuso? Não é coelho... é porco!) e é divinal.
Mista Grelhada de Porco Preto - escolha mais comum para partilhar. 
Bacalhau à Jerere - absolutamente fora do comum (a versão com broa também parecia ser excelente). 
Bolo de Bolacha - agradável e bem servido.
Cheesecake - o recheio era magnifico, mas a massa deixou algo a desejar.

Não é um restaurante pretensioso... o seu forte é mesmo a comida. Os acompanhamentos é que não são muito variados entre as batatas a murro com azeite divinal e os legumes, embora seja possível pedir para trocar.

O Preço (7/10)


Não há dúvida que, neste aspecto, a taberna aderiu à modernidade, porque o preço acaba por não ser assim tão convidativo, mas tendo em consideração a qualidade dos produtos pode-se dizer que é bastante justo o preço que se paga.

Preço médio por pessoa: 15€

Informação Extra


Morada: Rua Marquês de Pombal, 28 - Peso da Régua

Animais admitidos: Não

Estado: Activo
Data última visita: Julho 2013

Capricciosa (Carcavelos)

Carcavelos - Cascais - Lisboa - Portugal

Grande localização com serviço em evolução.

(Bom ..... 7,6/10)



Créditos: Foto de Website Capricciosa

Um restaurante italiano, para se destacar dos outros tem que ser inovador e criar condições que o distingam de forma inequívoca. O Capricciosa, consegue inovar no espaço, na localização e no estilo e apresentação das refeições, mas inicialmente esbarrava na qualidade do serviço que ao longo dos anos parece ter conseguido melhorar. Também a comodidade e a decoração interior falham o propósito de transmitir o típico acolhimento e hospitalidade italiana, talvez intencionalmente...

O Local (9/10)


Situado entre a Marginal e a Praia de Carcavelos, com parque de estacionamento prático (embora por vezes insuficiente para a lotação do restaurante), goza de uma vista panorâmica privilegiada sobre a foz do Rio Tejo. Os acessos são fáceis e de boa qualidade e bastam uns passinhos para entrar na praia e dar um mergulho. Perfeito no inverno, porque não há trânsito, nem confusões, mas pode tornar-se uma aventura no verão devido aos utentes da praia.

O Espaço (7/10)


Quando pensamos em restaurante italiano, lembramos-nos de rústico e aconchegante com tradição familiar, mas quando entramos neste restaurante temos sensações contraditórias. O rústico é levado ao extremo do espartano com bancos corridos, de pau e desconfortáveis que nos obrigam a ginástica imprópria para uma roupa menos veraneante, embora haja outras áreas com diferentes tipos de cadeiras. De aconchegante e familiar não tem nada, excepto quando o sol irrompe pelas janelas do lado sul, porque mais de 300 lugares ocupados transformam o lugar numa espécie de hipermercado. O que salva o espaço multidisciplinar é a esplanada divinal e algumas espreguiçadeiras de praia estrategicamente colocadas num pequeno areal pertencente ao restaurante onde a vista é sublime. No geral, a decoração é moderna e cuidada, mas foi melhorada nestes últimos anos, porque na primeira visita era uma mistura de espaços sem grande conexão. Esta mescla de espaços permite, no entanto, criar condições para a coexistência de vários tipos de clientela.

O Serviço (7/10)


Se na primeira visita revelou ser o maior calcanhar de Aquiles deste espaço, nas seguintes já demonstrou uma enorme evolução. No inicio, havia a ganância de fazer omeletas sem ovos, leia-se fazer várias centenas de refeições sem a devida estrutura humana e profissional. Mais tarde, todas as falhas graves que encontrei uns anos antes, tais como, esperar 70 minutos pela refeição, verificar o desnorte dos empregados na distribuição dos pedidos perguntando de mesa em mesa se tinham pedido aquele prato, enganos grosseiros na emissão da factura e esperar 30 minutos por uma sobremesa, parecem ter sido corrigidos através de profissionais mais preparados e experientes com uma melhor organização, embora ainda tenha encontrado alguma demora no serviço e algumas pequenas deficiências como esquecerem-se de trazer as entradas antes do prato, o que poderá ter sido apenas um lapso.

A Ementa (6/10)


Um restaurante italiano não necessita de inventar muito no que toca à ementa, pois basta ter pizzas e massas com milhares de combinações possíveis com outros produtos. Esta não foge à regra, porque apresenta de forma bastante inteligente várias combinações de pizzas com bases para todos os gostos, mas depois torna-se bastante rígida na escolha dos ingredientes principais. Para mim faltaram aqueles ingredientes excepcionais como a banana, as natas ou as gambas. No que toca às massas a diversidade é ainda menor. Embora à primeira vista a lista pareça enorme, tipo jornal, a verdade é que as entradas (onde faltam pequenas coisas como pão de alho, mas abundam as saladas) e as sobremesas ocupam um grande espaço assim como as bebidas, descritas ao pormenor da marca.

A Apresentação (8/10)


Os pratos chegam bem decorados e com apresentação cuidada, tendo dimensões bastante satisfatórias. As pizzas chegam a ser grandes demais para caber na mesa.

A Refeição (8/10)


Em todas as ocasiões escolhi pizza, porque as massas não me seduziram, mas houve quem pedisse massas. As pizzas são surpreendentes e deliciosas com uma massa bem estaladiça, uma base bem feita e são utilizados produtos de qualidade

Sangria Branca - muito doce e pouco alcoólica.
Bruschetta Capricciosa - não achei nada de surpreendente.
Pizza Toscana - bastante boa.
Pizza 4 Queijos - adoro queijo e esta funciona bem.
Pizza Capricciosa - simples, mas passou no teste.
Tiramisú - agradável e acima da média geral.
Cheesecake -  fantástica.
Gelados - notam-se pelas grandes propoprções.

Apenas uma pequena referência ao café que deixou algo em desejar... amargo.

O Preço (8/10)


Há uns anos atrás, neste capítulo, o restaurante estaria muito mal cotado, mas após verificar a melhoria do serviço e da decoração em conjunto com uma quase nula evolução dos preços, sou obrigado a render-me à evidência de que os preços aqui praticados não são muito elevados tendo em linha de conta que é uma zona turística que está na moda praticamente todo o ano e com um posicionamento deslumbrante em frente à praia e rodeada de opções lúdicas.

Preço médio por pessoa: 17€

Informação Extra


Morada: Avenida Marginal, Sector Nascente - Praia de Carcavelos

Animais admitidos: Sim (a considerar na esplanada)

Estado: Activo
Data última visita: Novembro 2013