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Restaurante Pizarro

Trujillo - Cáceres - Espanha

[Encerrado] Localização de excelência não chega para tudo. 

(Razoável ..... 6,8/10)

Créditos: Foto de Pedro Silva (OpinaRestaurantes)


Numa viagem à extremadura espanhola, descobri a pequena cidade de Trujillo que me encantou pelas suas ruas pitorescas, pela sua praça principal desafogada e grandiosa, pelo ambiente agradável e por um conjunto de monumentos impressionantes. Tinha procurado os melhores restaurantes, mas infelizmente um deles estava fechado e outro estava cheio e só aceitava reservas, portanto tivemos que escolher em função da localização e do aspecto (este é um critério errado de escolha, mas muitas vezes é o único que está disponível).

O Local (8/10)


Situado em plena Plaza Mayor, no centro da localidade e posicionado no edifício mais fotografado mesmo junto à estátua de Francisco Pizarro (explorador espanhol do século XV, conhecido pela conquista do Perú na América do Sul), tem uma vista privilegiada sobre a praça já que o restaurante se encontra no primeiro andar ao qual se acede através de uma apertada escadaria interior. Os turistas são convidados a deixar o carro em parques à entrada do centro histórico que fica a uns bons 500 metros, mas quem for mais conhecedor ou aventureiro, pode arriscar-se a procurar um lugar na praça (que permite estacionar em certos horários) ou em alguns largos próximos correndo o risco de dar muitas voltas em ruelas estreitas sem encontrar lugares.


O Espaço (7/10)


É uma decoração absolutamente clássica, com móveis escuros, espelhos e molduras de prémios obtidos em concursos gastronómicos, cadeiras confortáveis e ambiente sossegado. Embora seja confortável e com bom ambiente, a decoração pareceu-me algo ultrapassada. Ficámos um pouco desconfiados quando percebemos que estava praticamente vazio, depois de termos visto alguns completamente a abarrotar na mesma praça, mas tentámos explicar com o facto de ser um restaurante mais caro e turístico com menor procura por parte dos locais, excepto para algum almoço de negócios.

O Serviço (7/10)


O atendimento é muito elegante, senti até que íamos mal vestidos para a ocasião já que levávamos roupa de caminhada. Claro está que a elegância tem custos não só económicos como de tempo e acabámos por notar uma certa lentidão no serviço, especialmente a demora em trazer a refeição. O empregado, embora muitas vezes ausente, demonstrou grande simpatia e boa vontade quando percebeu que éramos portugueses e necessitávamos de alguma ajuda para perceber certas especificidades da cozinha local.

A Ementa (6/10)


Fiquei com a estranha sensação de que a ementa era curta, porque muitos dos pratos eram parecidos e proporcionavam alternativas reduzidas... a escolha foi difícil. As entradas incluíam Migas, Batatas da Extremadura, Enchidos e Sopas variadas da qual se destacava o tradicional Gazpacho. Quanto a pratos principais, havia muitas carnes, estufados e guisados onde o borrego era o principal ingrediente, por isso não terá sido muito do nosso agrado já que não é claramente a nossa primeira escolha quando vamos comer fora de casa. A especialidade da casa era a Galinha Trufada, mas quando vimos o preço e percebemos que era servida fria, acabámos por perder o entusiasmo, assim com a Perdiz Estufada padecia do problema do preço. A lista das sobremesas não era muito forte, mas ainda assim não faltava um doce regional que descobrimos nesta viagem: a Técula Mécula, originária de Olivença (terra fronteiriça espanhola, mas que muitos reclamam ser portuguesa por razões históricas).

A Apresentação (8/10)


Não tenho criticas a fazer quanto à apresentação, já que era elegante e agradável, mas sem deslumbrar.

A Refeição (7/10)


Não ficámos decepcionados com a comida. No geral, a comida parecia boa e com produtos de qualidade, embora também não tenha excedido a nossa expectativa. 

Migas extremeñas - de entrada eram boas e quase serviam de refeição principal.
Presunto de Montanchez - (localidade situada mesmo no meio do triângulo feito por Trujillo, Cáceres e Mérida) também só podia ser bom.
Borrego Frito - não fiquei muito impressionado.
Porco Ibérico com Migas - funciona sempre como opção segura e estava regular.
Técula Mécula - não foi das melhores que provámos, estava um pouco seca, mas tinha a vantagem de chegar embrulhada, o que significava que não era caseira, mas que permitiu levar um pouco para casa. 

Experimentei um doce da casa, cujo nome já não me lembro, mas que era uma mistura gulosa de ingredientes calóricos... não me importei nada.

O Preço (5/10)


A minha intuição inicial estava correta, foi mais uma prova de que um restaurante bem localizado e vazio tem que ter algum problema para não atrair os locais. O problema aqui era o preço acima das possibilidades de um trabalhador local comum. Ainda assim, não pensem que está muito fora dos preços praticados em Espanha, só esperava é que a qualidade da comida fosse um pouco mais elevada depois de ver tantos prémios gastronómicos dispostos nas paredes.

Preço médio por pessoa: 22€

Informação Extra


Morada: Plaza Mayor, 13 - Trujillo - Espanha
Website: N/A

Animais admitidos: Não

Estado: Encerrado
Data última visita: Outubro 2010


Restaurante Afonsos

Miraflores - Oeiras - Lisboa - Portugal

[Encerrado] Classe escondida, com preço saído da casca.

(Excelente ..... 8,1/10)

Créditos - Foto de Pedro Silva (OpinaRestaurantes)

Por vezes procuramos um restaurante longe de casa para fugir à rotina, mas muitas vezes há soluções bem próximas que também nos conduzem para outras experiências gastronómicas, como foi o caso do Restaurante Afonsos. Já tinha lá passado uns anos antes, mas o nome do restaurante era outro, embora relativamente parecido "Antonius". Como agravante trabalhei a escassos 50 metros e tinha sempre a estranha sensação de que o restaurante não estava aberto, devido ao seu posicionamento e à tentativa de impedir que os transeuntes olhassem lá para dentro. De qualquer modo, tinha ouvido boas criticas e que era até bem frequentado, algo que confirmei imediatamente quando reconheci um conhecido jornalista a jantar com a sua família. Entretanto, voltou a fechar.

O Local (6/10)


A localização e acessos têm vindo a melhorar, fruto dos esforços enveredados pela autarquia em dinamizar aquele espaço que há uns anos atrás era apenas um pólo empresarial de entrada e saída, onde o trânsito era caótico. Também a construção de um agradável parque de lazer mesmo em frente, valorizou a zona. Agora há saídas em todas as direções, seja para Alfragide, IC17 ou para o centro de Algés ou Linda-a-Velha. No entanto, estacionar na avenida principal continua a ser complicado e obriga a muita insistência, sendo que na maior parte dos casos só encontramos lugares pagos, embora também os existam gratuitos em algumas pracetas e à volta do parque. O seu posicionamento não é dos mais bonitos, até porque a entrada não está orientada para a avenida principal, mas a proximidade com o posto da polícia e com a Clínica Dr. Chaves ajuda a fixar mais facilmente a sua localização.

O Espaço (10/10)


Rapidamente percebemos que se trata de um restaurante que aponta para uma clientela mais selectiva, porque a decoração transmite logo uma sensação de bom gosto e classe que obrigatoriamente terá de ser reflectida no preço. As paredes de tom neutro, salpicadas com alguns recantos cor-de-vinho, as cadeiras altas de palhinha entrelaçada, os candeeiros decorativos ao estilo "bistro" e o chão de madeira envernizada, proporcionam um ambiente calmo e relaxante com um certo contraste entre o frio e o quente, mesmo mantendo uma certa simplicidade. Conseguimos conversar sem levantar a voz e até as crianças se sentem compelidas a ter um comportamento mais cuidadoso por sentirem o peso da qualidade da decoração.

O Serviço (7/10)


Senti que houve aqui dois momentos distintos: o antes e o depois da chegada do gerente. Antes de o gerente chegar, tudo se desenrolou de forma lenta como se estivessem a ganhar tempo e passavam largos períodos até voltarmos a encontrar o empregado. Quando o gerente chegou, não só dinamizou e acelerou todo o processo como aumentou a proximidade com os clientes, fazendo a sua própria apresentação e dotando o restaurante de um verdadeiro relações públicas. A partir daqui, a experiência tornou-se bem diferente, o que nos deixou a pensar se eventualmente os empregados estariam mesmo a ganhar tempo para que chegasse o gerente com algum utensílio ou ingrediente que estaria em falta, já que chegámos pouco depois da abertura da cozinha, independentemente de terem sido sempre muito simpáticos e atenciosos em todo o processo.

A Ementa (9/10)


A ementa tem algum charme e apela a alguns sabores mais escondidos da tradição portuguesa com alguma criatividade à mistura. As entradas são apelativas e caras, como a Perdiz de Escabeche e o Patê de Fígado de Aves. Nos pratos principais, estão representadas as carnes alentejanas como as Bochechas, o Lombo ou as Presas de Porco Preto, mas também alguma caça com preços proibitivos, resvalando ainda para alguns mais internacionais. Na categoria dos peixes temos versões bem imaginativas. Ao almoço, existem menus com outras alternativas, mas como fui jantar... não as posso avaliar. As sobremesas viram-se definitivamente para o Alentejo. 

A Apresentação (9/10)


A apresentação dos pratos é cuidada, mas sem chegar ao ponto da nouvelle cuisine.

A Refeição (9/10)


Ficámos um pouco assustados com os preços das entradas, mas como se tratava de um aniversário intimo avançámos!

Camarões ao Alhinho - estavam deliciosos e até inovadores, mas souberam a pouco.
Bochechas de Porco Preto Estufadas em Vinho Tinto - muito bem servidas e tenrinhas ao ponto de se desfazerem na boca.
Picanha Fatiada - era de alta qualidade e estava no ponto, embora nem todos os acompanhamentos tenham estado à altura da proteína principal.
Sobremesa "Pão com Manteiga" - mais não é que uma espécie gourmet de Fatias Douradas, mas que passou no teste.
Mousse de Chocolate Gelada - teve um impacto diferente em cada pessoa, porque os grandes apreciadores de Mousse de Chocolate dificilmente aprovam esta, ao contrário daqueles que só querem experimentar coisas novas e gostosas... como eu.

O Preço (4/10)


Aqui é que reside o grande problema, porque os pratos principais "atiram-se" logo para preços bem elevados, fazendo com que as pessoas tentem cortar nas entradas e sobremesas que também estão bem acima da média. Posso dizer que a qualidade justifica um preço mais elevado, mas quando a conta chegou receei ter uma indigestão até porque também escolhi vinho quase sem olhar ao preço (quase...).

Preço médio por pessoa: 27€

Informação Extra


Morada: Avenida General Humberto Delgado 67 - Miraflores
Website: N/A

Animais admitidos: Não

Estado: Encerrado
Data última visita: Março 2011

Restaurante Maizakura

Lisboa (Campolide) - Portugal

Bom serviço para um jovem restaurante.

(Agradável ..... 7,0/10)

Créditos: Foto de Mygon


Inaugurado em 2014, tenta desesperadamente ganhar espaço no mercado já bastante saturado de restaurantes japoneses que existe em Lisboa. Hoje existem sites que promovem descontos para restaurantes nestas condições e foi nessa onda que aproveitei a oportunidade de conhecer um novo espaço. A localização não me pareceu especialmente apetecível, mas achei que o facto de ser novo poderia representar uma vantagem para o cliente ocasional.

O Local (5/10)


Está posicionado no coração económico da cidade onde grandes hotéis periféricos e algumas sedes de bancos e grandes empresas se misturam. Naturalmente que não é este o melhor cenário para um restaurante japonês, mas não deixa de ser uma aposta com garantia de clientela, sejam eles turistas acabados de chegar ou trabalhadores que não se queiram afastar muito do local de trabalho, nem optar por soluções mais caras que existem nas redondezas. Os lugares de estacionamento mais próximos são todos pagos, mas ao fim de semana é gratuito.

O Espaço (4/10)


O primeiro impacto não é positivo, porque da rua só se consegue ver um balcão e umas mesas de café que imediatamente causam apreensão a quem procura um ambiente típico de um restaurante japonês. Lá dentro, somos encaminhados para as traseiras, ao cimo de umas pequenas escadas, mas ainda assim não se consegue obter o ambiente desejado. A decoração é contraditória com grandes painéis de mulheres com vestidos tradicionais japoneses ao lado de outros painéis com palmeiras e praia com paisagens paradisíacas mais próprias das caraíbas, tudo isto enquadrado em paredes que simulam tijolo claro. Para além da decoração pouco conseguida, também as mesas e cadeiras parecem ter sido aproveitadas do estabelecimento anterior já que em nada combinam com o resto. O espaço de refeições é pequeno e até um pouco apertado sendo normal que as costas das cadeiras esbarrem umas com as outras quando as pessoas se sentam ou levantam. Estranho foi também perceber que a música estava muito alta e desadequada ao tipo de refeição, mas felizmente quando mudou o disco, mudou também o ambiente para melhor. Tem vista para umas traseiras que não passam de um parque de estacionamento improvisado e cercado de prédios muito altos.

O Serviço (8/10)


A empregada que nos atendeu tinha um sotaque delicioso e uma desenvoltura e comunicabilidade bem acima da média dos habituais empregados orientais. Mostrou uma personalidade muito prática e despachada que nos fez sentir confiança nela. O serviço foi sempre rápido, simples e muito honesto e frontal. Só lamentei que os utensílios (exceptuado os tradicionais pauzinhos) não dessem também uma ar mais tradicional à refeição. Os pedidos são feitos em forma de "coma tudo o que conseguir", ou seja, vamos pedindo até não nos apetecer mais, pelo mesmo preço.

A Ementa (6/10)


Podemos escolher entre comida japonesa e chinesa, mas estávamos mais inclinados para a versão japonesa, embora a variedade não fosse assim tão grande. A ementa tem imagens muito fiéis ao que aparece no prato, o que ajuda na escolha. Até a lista de bebidas, mesmo sendo um pouco limitada é extraordinariamente detalhada e honesta. Em relação ás iguarias chinesas a variedade é muito reduzida e pouco apelativa se compararmos com um restaurante chinês tradicional, porque faltam alguns ingredientes e pratos reconhecidos internacionalmente. Quanto à comida japonesa, confesso que encontrei alguma inovação que acabou por me entusiasmar a provar coisas diferentes, mas também senti a falta das Tempuras. Os Niguiri são os que estão melhor representados. 

A Apresentação (6/10)


A apresentação é a tradicional, mas faltou um pouco mais de encanto nos recipientes que os traziam, porque de orientais nada tinham.

A Refeição (8/10)


Tudo se resume à qualidade dos produtos, sendo que não tenho queixa deste aspecto. Efectivamente, estava tudo muito bom e apenas uma das escolhas não me agradou: o Rolo de Sushi de Queijo, por achar que a combinação não resulta devido ao tipo de queijo utilizado (que em nada se compara aos melhores queijos ocidentais) e à sua textura mole. De resto, experimentámos o máximo de variedades de Sushi, Califórnia Roll e Niguiri, sempre acompanhados do Molho de Soja e do Teriyaki que estava delicioso.

O Preço (6/10)


Beneficiei de um desconto de uma campanha que se encontrava em vigor, mas ainda assim não achei muito barato, porque as bebidas acabam por ser pagas acima do preço normal. Funciona com menu "coma tudo o que conseguir" o que beneficia sempre os mais comilões, prejudicando os mais poupados, conceito que para mim se torna algo frustrante, porque gosto de ser comilão e poupadinho. Pode ser mais barato que os restaurantes japoneses mais conceituados, mas peca pela variedade e pelo ambiente, penalizando a avaliação deste critério.

Preço médio por pessoa: 13€

Informação Extra


Morada: Avenida José Malhoa, 14

Animais admitidos: Não

Estado: Activo
Data última visita: Agosto 2014

Restaurante Pátio Antico

Paço de Arcos - Oeiras - Lisboa - Portugal

Um prazeroso e romântico mini-restaurante. 

(Excelente ..... 8,4/10)

Créditos: Foto de Tripadvisor


Durante semanas consecutivas tentei conhecer este restaurante, mas tinha sempre o azar de o encontrar fechado ou cheio e com pessoas à espera. Finalmente, decidi reservar e valeu a pena mesmo ficando num cantinho apertado e de difícil acesso da sala interior. Senti uma verdadeira atmosfera italiana, mas também me senti mal quando percebi que tinha levado dois amigos e que a nossa mesa era a única que não tinha pelo menos um casal.

O Local (7/10)


O centro de Paço de Arcos é muito pitoresco, mas cheio de sentidos proibidos, sentidos únicos e ruas pedonais que exigem alguma destreza e atenção. Quando lá estive, mal conhecia as ruelas e sempre que tentava ir lá sozinho, acabava por me perder e por dar voltas bem maiores que as necessárias. Fica mesmo no coração da zona mais típica de Paço de Arcos, o que lhe confere uma melhor envolvência que até parece simular uma verdadeira praça italiana com os prédios coloridos à volta. O grande problema é estacionar, porque há outros restaurantes na rua e algumas ruelas estreitas onde não é permitido parar. Os lugares que existem são pagos e escassos.

O Espaço (9/10)


Existem duas alternativas: a esplanada pitoresca (no ano em que lá estive, esta vertente ainda não estava devidamente explorada) e o interior acolhedor. A esplanada parece magnifica no verão e fresca no inverno, embora existam aquecedores sofisticados para dar outro conforto. O interior é bem apertado, como se uma família inteira tivesse reservado o espaço e aproveitado os lugares até ao último centímetro. A decoração tem muito bom gosto e destaco a presença de calçada portuguesa no chão. O ambiente é romântico, mas não absolutamente sossegado devido ás permanentes contracurvas que os empregados fazem até chegar a algumas das mesas.

O Serviço (8/10)


A simpatia e os sorrisos galanteadores da empregada que nos serviu deixou-nos na dúvida se eram uma forma de cativar os clientes ou uma forma de gozo por estarmos ali 3 homens deslocados da clientela habitual do restaurante. A comida demorou a chegar e deixou-nos ansiosos, por isso tivemos que ir "atacando" as entradas, decisão que encareceu bastante a refeição. Muito profissionalismo e demonstração de bem servir, mas por vezes tornava-se complicado ser atendido sem que a empregada tivesse que fazer uma pequena gincana entre as mesas.

A Ementa (8/10)


Naquela altura, o meu conceito de restaurante italiano era comer pizza ou lasanha, por isso foi para mim um grande acontecimento ter para escolher algumas coisas que mal conhecia. Pior foi quando os meus amigos (que já conheciam o restaurante) pediram à empregada para nos servir a recomendação do Chef. Quanto ao cardápio, tem uma boa variedade de antipasti, a famosa Minestra al Pomodora (Sopa de Tomate), uma reduzida variedade de pastas e pizzas (comparando com outros restaurantes italianos), mas reforçada pelos pratos de carne, risottos e saladas.

A Apresentação (10/10)


A apresentação é delicada, mas muito familiar especialmente no detalhe dos recipientes.

A Refeição (9/10)


É daqueles locais onde só não dou nota 10 por detalhes, porque estava quase tudo excelente, inclusivamente as coisas que nunca tinha comido e aprendi a gostar. 

Minestra al Pomodoro - foi uma experiência estranha, porque não gostava de tomate, mas naquela situação soube-me bem, embora hoje não fosse certamente a minha primeira escolha.
Mista de Enchidos Italianos - surpreendente.
Pizza Quattro Stagioni - boa, mas sem deslumbrar.
Fettuccine al Pesto - no ponto e com um sabor invulgar.
Risotto com Espargos e Cogumelos - absolutamente fantástico.
Tiramisú (versão gelada) - na altura achei sensacional, mas entretanto já provei bem melhores já que a versão gelada tem a tendência para cortar um pouco os sabores.

O Preço (6/10)


Não há dúvida que é um dos bons restaurantes italianos da região, mas o preço está um pouco acima da média e a concorrência tem preços mais acessíveis com fórmulas igualmente bem sucedidas. A avaliação deste critério podia piorar muito se a comida não fosse tão boa e diferenciadora. No entanto, o preço alto ajuda a seleccionar a clientela já que o número de lugares é bem limitado.

Preço médio por pessoa: 22€

Informação Extra


Morada: Praça da República, 6 - Paço de Arcos

Animais admitidos: Não

Estado: Activo
Data última visita: Junho 2003

Restaurante Lourenços

Luso - Mealhada - Aveiro - Portugal

Revisitado muitos anos depois, com melhorias visíveis.

(Razoável ..... 6,9/10)

Créditos: Foto de Google Maps


Na minha primeira visita ao Luso escolhi este restaurante, mas confesso que quando lá voltei, 13 anos depois, é que me recordei que já lá tinha estado. As diferenças começam na ocupação veraneante, porque na minha primeira visita o Luso era quase um deserto onde nem as termas pareciam atrair turistas de longa duração, mas desta vez vi um Luso mais turístico e com os hotéis e restaurantes preenchidos ao ponto de ter que esperar à porta. Infelizmente, parece ser um sucesso sazonal, mas ainda assim revela um interessante retorno para o investimento feito nesta vila termal que tem uma localização privilegiada para passear na riquíssima mata do Buçaco (ou Bussaco como muitas placas e panfletos indicam para facilitar a dicção aos estrangeiros).

O Local (7/10)


Localizado mesmo em frente ás termas do Luso (onde podemos encher garrafões com a água da nascente), dificilmente poderia ser mais central. No entanto, devido ás obras de requalificação da vila, os lugares para estacionar são diminutos até porque a maior parte dos serviços estão localizados nesta zona tão central. Como agravante, muitos turistas e residentes param aqui o carro para ir encher garrafões de água à nascente. Porém, a pouco mais de 200 metros existe o largo da feira que tem muitos lugares disponíveis e no sentido oposto, junto ao Grande Hotel do Luso também há muitos lugares a cerca de 300 metros. Ao lado existe um snack-bar que pertence ao mesmo dono e que partilha o placard publicitário com o restaurante, algo que inicialmente gera alguma confusão para quem o procura, até porque se encontra ao cimo de umas escadas ao nível de um primeiro andar e tem mesas de esplanada à porta.

O Espaço (7/10)


Só quando entrei no restaurante é que percebi que era ali mesmo que tinha estado mais de uma década antes, já que poucas (ou nenhumas) mudanças encontrei no interior. A decoração é simples, mas tenta dar um ar sofisticado adicionando cores mais escuras ás toalhas de mesa e aproveitando o facto de haver grandes vidraças com uma vista panorâmica sobre as termas e a zona central do Luso, alcançando até o inicio da mata do Buçaco. É um espaço confortável, mas que se torna um pouco ruidoso devido ao número elevado de lugares que tem para um "open space" rectangular. Os clientes são basicamente turistas ou trabalhadores locais, tornando o ambiente relativamente descontraído.

O Serviço (6/10)


Na primeira visita, o atendimento tinha sido lento e pouco simpático através de um empregado certamente convencido de que nós precisávamos mais dele do que o oposto. Esperámos uns 20 minutos pela conta e lidámos com alguma falta de profissionalismo e simpatia. Na segunda visita, um jovem empregado revelou muito mais dinamismo e simpatia, eliminando imediatamente a má imagem que tinha ficado da visita anterior. Ainda assim, a conta demora a sair devido ás questões burocráticas de um restaurante com uma grande lotação e com um sistema informático complexo. Mas, claramente, o serviço melhorou consideravelmente, embora se note algum desnorte quando a pressão aumenta.

A Ementa (8/10)


A ementa é muito diversificada e consegue alcançar gostos muito diferentes, embora não seja tão sofisticada como a presença de um antigo Chef do restaurante do Palácio do Buçaco anunciava. Não me senti particularmente estimulado pelas entradas regionais, já quanto aos pratos principais reparei que há uma preocupação em proporcionar escolhas mais económicas ou mais leves. Nos peixes destacam-se o Arroz de Tamboril e a Cataplana. As carnes são as regionais da zona da Bairrada: o Leitão, a Chanfana e o Cabrito. Acrescentaram opções como as Omeletes e as Saladas que complementam bem as necessidades e exigências dos turistas com outros gostos menos condimentados. As sobremesas também não acrescentam muito, sendo a escolha limitada aos sabores tradicionais.

A Apresentação (6/10)


A apresentação dos pratos também não foge ao estilo regional e tradicional.

A Refeição (7/10)


Se na primeira visita a escolha recaiu no peixe, desta vez optámos pelas carnes e saladas. 

Arroz de Tamboril - não estava particularmente bem servido de peixe.
Novilho à Lourenços - vinha suculento, mas não estava cozinhado de maneira uniforme tendo alguns bocados ficado demasiado mal passados, embora 80% da carne estivesse no ponto.
Salada de Atum - vinha muito bem servida e temperada, permitindo fazer dela uma refeição completa.
Pudim Caseiro - revelou-se mesmo caseiro e até uma criança que dizia não gostar de pudins ficou a perceber a diferença para os instantâneos que são servidos em outros lugares.

O Preço (7/10)


Comparado com outras alternativas na vila, temos que admitir que o preço está dentro do normal, há restaurantes melhores e outros mais baratos, mas aqui encontramos o meio-termo através de um preço razoável para uma refeição e uma localização acima da média. Porém, tem uma vantagem interessante, pois permite a escolha de saladas ou omeletes por um preço bem mais acessível ficando igualmente bem servido.

Preço médio por pessoa: 15€

Informação Extra


Morada: Av. Emidio Navarro - Edifício Oásis - Luso

Animais admitidos: Não (a considerar na esplanada).

Estado: Activo
Data última visita: Agosto 2014