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Casino da Urca

Coimbra (Santa Clara) - Portugal

[Encerrado] O fim de uma herança histórica da cidade. 

(Bom ..... 7,5/10)

Créditos: Foto de Website do Casino da Urca


O dia 19 de Agosto de 2013 revelou-se fatídico para um dos restaurantes mais carismáticos de Coimbra: o Casino da Urca. Um incêndio destruiu o velho edifício, apenas 15 dias após a minha última visita... espero sinceramente que voltem a reerguer o restaurante que, segundo sei, marcou várias gerações.


O Local (7/10)


Coimbra tornou-se numa cidade complicada para percorrer de automóvel, com muitos sentidos proibidos, algumas vias circulares e obras permanentes nas zonas mais antigas. Ainda assim, a localização não podia ser mais carismática, mesmo na rua lateral ao "Portugal dos Pequenitos" (ou dos "Pequeninos" - como sempre lhe chamei). Não havia melhor local para seguir as placas indicativas espalhadas por toda a cidade. Para quem conhece Coimbra, ficava na zona de Santa Clara do outro lado do Rio Mondego em relação ao centro da cidade. O estacionamento era complicado, devido à grande afluência ao parque temático, numa rua de um só sentido, mas a uns bons 300 metros havia sempre lugares numa zona mais habitacional.

O Espaço (3/10)


Não há dúvida que o aspecto do edifício já moribundo e a gasta decoração interior que não tinha um estilo próprio, misturado com as passagens estreitas que separavam as 3 "salas" (bar, restaurante e esplanada) eram pouco convidativos. Mas também haviam pormenores positivos, como a "esplanada" envidraçada que não tendo uma vista por aí além, sempre permitia ver as traseiras do Convento de Santa Clara e dava outro ambiente que não o do cheiro a comida. Infelizmente, até este espaço tinha alguns defeitos, como as desconfortáveis cadeiras e bancos que não cabiam por baixo das mesas de madeira tipo parque de merendas, deixando-nos um pouco afastados do tampo da mesa.

O Serviço (8/10)


Fomos bem atendidos por uma equipa simpática, disponível e desembaraçada no atendimento, feito por profissionais experientes de uma forma muito informal. Ficar na esplanada foi, no entanto, prejudicial para a avaliação do serviço, porque os empregados só lá iam por necessidade e nunca para saber se precisávamos de alguma coisa (neste caso, ficar na sala interior podia ser uma vantagem por estar num ponto de passagem). Um dos pontos fortes deste restaurante é que os próprios empregados tinham a preocupação de proporcionar o melhor preço para os clientes e chegavam a propor um prato para duas pessoas.

A Ementa (8/10)


A ementa até estava bem preenchida de pratos tradicionais portugueses, embora rapidamente esgotassem as melhores iguarias, obrigando-nos a escolher os pratos menos desejados, falha que se repetiu em ambas as visitas que fiz. O peixe estava representado pelo Arroz de Tamboril ou de Marisco e alguns simples pratos de bacalhau. Já no departamento das carnes, a Chanfana, o Cozido à Portuguesa e as Espetadas Mistas eram as especialidades mais salientes. 

A Apresentação (6/10)


As travessas vinham bem servidas e muitos dos pratos davam para duas pessoas, não sendo dada grande importância à apresentação.

A Refeição (8/10)


Começa aqui o melhor deste restaurante... a comida era mesmo boa, tradicional, simples e despretensiosa ao ponto de se rapar o prato. Só as sobremesas é que eram menos interessantes.

Bacalhau à Brás - até teve a aprovação dos mais jovens.
Carne de Porco à Alentejana - a carne era um pouco gordurosa, mas comia-se muito bem.
Arroz de Tamboril - finalmente percebemos a poupança que podíamos fazer: um tacho deu para três pessoas e estava muito bem confeccionado.
Mousse de Chocolate - de alta qualidade. 

O Preço (9/10)


Não dá para nota máxima, mesmo considerando que o preço foi baratíssimo para a qualidade da comida, a verdade é que também tenho que ponderar a qualidade do espaço, que deixava um pouco a desejar. O preços abaixo serve para uma ou duas pessoas, porque se forem três ou mais, já se conseguia uma poupança adicional.

Preço médio por pessoa: 10€

Informação Extra


Morada: Rua António Augusto Gonçalves, 21-23 - Coimbra
Website: N/A

Animais admitidos: Não

Estado: Encerrado
Data última visita: Agosto 2013

Restaurante O Redondel

Vila Franca de Xira - Lisboa - Portugal

[Encerrado] Classe sem clientela? 

(Bom ..... 7,7/10)

Créditos: Foto de Blog Voz Ribatejana

Numa tarde de Julho, a um Sábado, quando o calor aperta, Vila Franca de Xira apela ás suas raízes culturais onde a tourada é uma chamariz para umas centenas de pessoas que completam quase metade da lotação da Praça de Toiros Palha Blanco (com mais de 100 anos de história), alheias à temperatura elevada. No fim da festa brava, mantendo a viatura no mesmo parque gratuito, basta contornar a arena (dependendo do ponto de entrada no recinto) para se chegar a um restaurante com tradição, inserido no edifício da arena. Um restaurante que apela à tradição tauromáquica, mas ao qual nenhum dos aficionados parece dar a sua preferência. Depois da minha visita, o restaurante fechou e abriu 2 vezes.

O Local (8/10)


Embora Vila Franca de Xira não seja muito grande, pode tornar-se confusa para os condutores, mas neste caso não tem nada que enganar pois basta seguir as indicações para a praça de toiros e estacionar no parque anexo e gratuito, onde apenas em dia de tourada terá dificuldades em encontrar lugar. Situado nas traseiras do edifício da praça de toiros, acaba por fazer parte de um pacote completo, só é pena não seguir as tendências actuais de forma a permitir visualizar a própria arena.

O Espaço (8/10)


Convenientemente rodeado de artefactos alusivos à tauromaquia e com uma decoração direccionada para esse tema, consegue manter-se sóbrio dentro das cores quentes que são apanágio das touradas: os dourados, os laranjas e os escarlates. O ambiente é selectivo e formal, mas muito calmo e relaxado até porque éramos os únicos no restaurante. O conforto não foi descurado, mas à hora do almoço deve ser desconcertante não sentir a luz natural a entrar pelas janelas... já que estas não existem, porque se trata de um espaço totalmente interior.

O Serviço (8/10)


Estando o restaurante completamente vazio, poderá ter sido enganadora a atenção permanente que tivemos por parte do chefe de sala e do empregado de mesa, mas o serviço foi muito elegante, bem disposto e não invasivo, digno de um restaurante de topo. Os pratos não demoraram, embora a cozinha estivesse sem trabalho e só foi necessário chamar alguém para pedir a conta. 

A Ementa (8/10)


A ementa estava recheada de pratos com nomes e descrições convidativas, numa tentativa de apelar ao lado mais "gourmet" da cozinha ribatejana, algo que confesso ter resultado em algumas exclamações de gula e curiosidade. Entradas como Vol au Vent de Marisco ou Cocktail de Gambas, pratos como o Bife de Toiro à Marrare ou o Bacalhau Torricado à Campino, revelavam uma ementa que ia muito para além da comida regional. No entanto, as sobremesas tiveram que vir "emprestadas" do Alentejo como o Toucinho do Céu e a Sericaia, talvez aqui pudessem ter ido um pouco mais longe num doce tradicionalmente ribatejano. Destaco ainda a carta de vinhos que é invejável.

A Apresentação (8/10)


Todos os utensílios variavam entre o tradicional e a qualidade superior, mas com uma combinação bem conseguida. A apresentação dos pratos era não só bem cuidada como bem servida, embora inicialmente temêssemos que a quantidade deixasse a desejar.

A Refeição (8/10)


Nem tudo foi perfeito, até a escolha de um simples prato pode determinar que uma avaliação passe de boa a má. 

Linguiça - dose mínima embora o sabor estivesse lá.
Gambas à L'Ajillo - também de reduzidas proporções embora fossem saborosas.
Melão com Presunto - boa dose como entrada
Lombinhos de Porco Preto com Ananás e Gambas - absolutamente divinal, proporcionando uma combinação verdadeiramente surpreendente. 
Entrecote de Novilho Grelhado à lá Minute - servido com molho em prato de barro, revelou-se cheio de nervos e gordura, grosso e pouco atrativo... embora o molho estivesse suculento para molhar o pão. 
Sericaia - boa qualidade.
Gelados à Redondel - sabores fora do comum.

O Preço (5/10)


Sendo que a qualidade do serviço e inclusivamente das refeições não devem ser colocados em causa, o preço poderá ser um obstáculo à cativação de clientes que já gastaram muitos euros na tourada. Numa cidade com poucos chamarizes culturais ou nocturnos, parece algo desadequado pagar tais montantes.

Preço médio por pessoa: 27€

Informação Extra


Morada: Praça Afonso de Albuquerque, Nº 2 - Vila Franca de Xira (Praça de Toiros Palha Blanco)
Website: N/A

Animais admitidos: Não

Estado: Encerrado
Data última visita: Julho 2009

Restaurante Montecruz

Aracena - Espanha

O cogumelo como estrela principal... fora de época.

(Agradável .....7,0/10)

Créditos - Foto de Turismo Sierra de Aracena


Escolhi este restaurante um pouco ás cegas, quando me desloquei a Aracena para ver as grutas (as maiores e das mais antigas da península ibérica). Tínhamos 3 restaurantes referenciados, mas acabámos por escolher este pela localização estratégica e pelo aspecto simpático. Entretanto já lá voltei e as mudanças foram drásticas.

O Local (9/10)


A localização é perfeita, mesmo na praça principal de Aracena e a meros 200 metros da entrada para as grutas, não se podia pedir melhor. Mas "não há bela sem senão" e a contrapartida de estar num local tão central é que se torna muito complicado arranjar lugar para estacionar e pode até formar-se muito trânsito para aceder ao centro quando começam a chegar os autocarros para largar passageiros em tão estreitas ruelas. Ainda assim, há bastantes alternativas gratuitas.

O Espaço (6/10)


O espaço interior é uma espécie de veneração ao cogumelo, as toalhas, as mesas, as paredes e todo o ambiente é alusivo ao fungo que é a grande estrela do restaurante. Tem uma imagem rústica que chega a roçar o antiquado com alguns retoques visíveis para disfarçar alguma degradação, mas no fundo é confortável e tranquilo para uma refeição familiar, com cores garridas muito típicas da Andaluzia. Não gostei foi de ver muitas portas de comunicação com pátios e escadas de acesso a outras vivendas contíguas que davam uma imagem de albergue. Na segunda visita já haviam muitas alterações que transformaram o rústico em moderno e o tranquilo em frenético, o que proporcionou uma experiência totalmente diferente.

O Serviço (8/10)


Estávamos em Agosto e os espanhóis não almoçam cedo, portanto ás 13h o restaurante estava vazio, daí que fosse de esperar que nos dedicassem total atenção... o que nem sempre aconteceu após termos feito o pedido, houve até alturas em que parecia que os empregados tinha ido dormir a "siesta". De qualquer modo, foram muito simpáticos, profissionais e prestativos nas explicações, tendo inclusivamente mostrado disponibilidade para nos tirar uma fotografia. Na segunda visita, em Abril, chegámos depois das 14h e já estava a abarrotar, mas o serviço melhorou claramente em eficiência.

A Ementa (5/10)


O que me saltou à vista na ementa foi o facto de não haver um único prato de cogumelos, o que me decepcionou bastante. No entanto, depois percebi com um misto desilusão e compreensão que não era época de cogumelos e só cozinhavam cogumelos frescos e nunca congelados... mas apetecia mesmo provar uma especialidade. Outro ponto negativo foi observar que a ementa estava apenas em espanhol, algo que num local tão turístico parece uma opção preguiçosa. Não sendo época dos cogumelos, acabam por apostar forte nos pratos de caça. Da segunda vez, a ementa era mais virada para as tapas e também um pouco mais confusa.

A Apresentação (9/10)


O empratamento feito de forma cuidadosa e artística fez esquecer fraca impressão inicial.

A Refeição (7/10)


Não haviam cogumelos, por isso tive que me virar para a caça e na segunda vez tive mesmo que escolher as tapas:

Presunto - desfazia-se na boca, já o pão não me parece ser o forte dos espanhóis, porque é sempre sensaborão e acre.
Javali Guisado com Frutas (Ananás e Ameixas) - estava gostoso, embora os sabores não fossem muito diferentes de uma comida caseira, não senti ali o toque de um chef, excepto no empratamento. Solomillo Ibérico Asado con Verduritas - na verdade são Lombinhos de Porco Ibérico e que agradou a todos pela qualidade da carne e pela boa combinação com as verduras.
Revuelto de Setas com Jamon - uma mistura que funcionou bem.
Macarrones a la Boloñesa - um esparguete à bolonhesa que chamou a atenção da minha filha.
Gelado de Torrão - que me pareceu uma escolha feliz para um dia de 40ºC centígrados, embora o torrão não fosse tão refrescante como isso.


O Preço (6/10)


Não sei se na época própria dos cogumelos os preços serão muito diferentes, mas posso dizer que não considerei muito caro, tendo em conta que estávamos num local turístico onde chegam autocarros a toda a hora para o pequeno centro de Aracena. Da segunda vez, achei um pouco mais caro para as quantidades servidas.

Preço médio por pessoa: 22€

Informação Extra


Morada: Plaza de San Pedro, Aracena
Website: N/A

Animais admitidos: Não

Estado: Activo
Data última visita: Abril 2018

Salsa & Coentros

Lisboa (Alvalade) - Portugal

A melhor caça num cubículo. 

(Excelente ..... 8,0/10)

Créditos - Foto de Website de Salsa & Coentros

Tive conhecimento deste restaurante através de uma revista com a lista dos melhores restaurantes do país, seleccionada por alguns dos melhores chefs em Portugal. Situado numa zona de Lisboa tranquila ao fim de semana, foi a escolha certa para um jantar sem confusão, mas já tinha tentado marcar 15 dias antes... sem sucesso. Trata-se de um espaço com cozinha galardoada e reconhecida pelos próprios chefs do mercado. Mistura as tradicionais cozinhas alentejana e transmontana com um toque de modernidade, conseguindo um resultado muito agradável.


O Local (6/10)


Estamos a falar de um local central de Lisboa, num bairro residencial, mas fácil de encontrar na zona de Alvalade, pois fica paralela à Av. Rio de Janeiro, mesmo junto à Av. do Brasil (com toda esta descrição só faltava ser comida brasileira, mas não é). Durante a semana poderá ser complicado estacionar, mas ao fim de semana é relativamente fácil arranjar um lugar num raio de 100 metros. Situado num edifício de habitação, acaba por ter 2 pisos com áreas parecidas, mas com efeitos bem diferentes. O de cima tem vista para a rua... o de baixo é uma cave sem vista de qualquer espécie.

O Espaço (5/10)


É, claramente, o principal ponto fraco do restaurante, porque se por um lado o andar de cima é simpático e desafogado, já o andar de baixo é apertado e claustrofóbico (uma cave) que tenta disfarçar a falta de conforto com um televisor de ecran panorâmico, algo desadequado ao tipo de restaurante e até ao tipo de clientela. Os quadros minimalistas repetidos nas paredes não ajudam a aquecer o ambiente que se torna poluído devido ás paredes lisas e brancas que reflectem todo o ruído das conversas e talheres. A configuração do espaço também não é favorável, porque os empregados sobem e descem as escadas estreitas ao mesmo tempo que os clientes, provocando alguma agitação. No verão, existe ainda a possibilidade de utilizar a pequena esplanada. A clientela é basicamente composta por clientes empresariais e pessoas de meia idade que procuram os prazeres dos pratos de caça, pouco apreciados pelos mais jovens.

O Serviço (7/10)


Um serviço simpático e eficiente, mas com alguns pequenos reparos a fazer. Um restaurante com esta craveira, podia proporcionar alguns serviços mais personalizados como ir servindo a garrafa de vinho aos clientes ou no mínimo controlar se está a acabar. A eficiência acaba por tornar-se um pouco impessoal, porque passaram 3 empregados diferentes pela mesa não havendo possibilidade de estabelecer alguma proximidade ou confiança. Foi tudo feito de forma solícita, excepto o pagamento que demorou um pouco mais, porque os empregados andavam ocupados com as arrumações devido ao adiantado da hora.

A Ementa (9/10)


É uma ementa riquíssima em pratos de produtos alentejanos, relegando a cozinha transmontana para um segundo plano, embora também existam pratos de fusão entre os dois, mas cuja apresentação moderna e cuidada acaba por redefinir a ideia de pratos tradicionais, adequando uma gastronomia habitualmente selectiva a um mercado mais alargado. A única razão para não levar nota máxima é o facto de a tão propalada caça ficar reduzida a meia-dúzia de pratos, talvez limitados pela sazonalidade. É uma ementa preenchida de alternativas de encher água na boca. Nas entradas, não falta o Paio do Lombo ou as mais elaboradas Favinhas de Coentrada e Míscaros do Fiolhoso. Os pratos de caça estavam apenas preenchidos com lebre e perdiz com diferentes preparações (nenhum deles me seduziu), mas também havia Pato Borracho, Rosbife com Pimenta Verde e as sempre suculentas variedades de porco preto alentejano, não esquecendo o bacalhau. As sobremesas também não fogem ao tema regional, com as Encharcadas, a Sericaia e o Toucinho do Céu. 

A Apresentação (10/10)


A apresentação dos pratos era requintada ao ponto de custar a estragar tal obra de arte.

A Refeição (9/10)


Começámos com uma oferta da casa e formos por aí fora...

Empadinhas de galinha - estavam excelentes, mas nada do outro mundo.
Paio do Lombo - de altíssima qualidade.
Lombo de Porco Preto com molho à Salsa & Coentros - combinação de sabores extraordinário.
Plumas de Porco Preto - bem servidas e confeccionadas.
Pudim de Laranja - achei que seria mais refrescante, mas não gostei da proporção minúscula do doce, embora o sabor fosse divinal.

O Preço (8/10)


Sendo um estabelecimento com cozinha galardoada reconhecida por outros chefs de topo e tendo em atenção a forte aposta em produtos regionais de elevada qualidade, seria de esperar que os preços fossem empurrados para cima, mas na realidade não considerei nada caro. Foi uma agradável surpresa. No entanto, relatos mais recentes apontam para uma subida generalizada dos preços como reflexo da grande afluência e divulgação do restaurante, mas só quando lá voltar é que poderei avaliar.

Preço médio por pessoa: 20€

Informação Extra


Morada: Rua Coronel Marques Leitão, Nº12 - Lisboa

Animais admitidos: Não (a considerar na pequena esplanada)

Estado: Activo
Data última visita: Outubro 2007