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Sakura Restaurante Japonês (Picoas)

Lisboa (Picoas) - Portugal

Boa diversidade de comida e ambiente a condizer.

(Excelente ..... 8,1/10)

Créditos: Foto de Tripadvisor

Quando pensamos em comida japonesa, há uma cadeia de restaurantes que ao longo dos anos tem solidificado a sua posição através da qualidade e tradição que consegue transmitir. Foi o primeiro restaurante japonês que conheci em Portugal e fiquei impressionado com o ambiente, o funcionamento, a diversidade de sabores e a desmistificação desta cozinha que se tornou internacionalmente conhecida. Agradável experiência que me ensinou a gostar de comida japonesa.


O Local (7/10)


Não obstante situar-se em pleno centro da cidade, não tem uma localização privilegiada para estacionar e não tem a beleza de muitas ruas do centro de Lisboa. É uma rua um pouco escura e sem grandes motivos de interesse, mas rodeada de alguns centros comerciais que dão vida ás redondezas. À noite, porém, é possível encontrar um lugar próximo em vez de estacionar num parque subterrâneo onde os preços são elevados. A relativa proximidade de estações de metro e autocarros podem melhorar a experiência para os turistas que não circulem de carro. Para além disso, o Marquês de Pombal, o Parque Eduardo VII e as luxuriantes Av. da Liberdade e Av. da República estão mesmo ali a um passo.

O Espaço (8/10)


Quando entramos, ficamos com a sensação de ter entrado num supermercado... arrumadinho, luminoso e labiríntico, mas quando somos encaminhados para as "cabines" de refeição em que literalmente descemos um degrau para nos sentarmos é que percebemos a organização e o objectivo da decoração que nos tenta transportar para uma refeição tipicamente japonesa. A decoração moderna das cabines em madeira clara, contrasta bem com as mesas escuras e a decoração com bom gosto das paredes com imagens alusivas à cultura oriental. O ambiente é calmo e especialmente recatado, porque as cabines conseguem com que praticamente não seja possível ver o que os outros clientes estão a comer. O conforto dos bancos podia ser um pouco melhor e mais simpático para a coluna. Deu jeito haver uma televisão para ver um clássico do futebol espanhol que havia essa noite, mas penso que era dispensável, embora o som estivesse desligado.

O Serviço (9/10)


Tratou-se de um atendimento muito simpático, educado e eficiente por empregados que tentavam combinar o tradicional com o moderno. Fui ao jantar, que funciona em formato de rodízio (servido à mesa) em que podemos pedir o que quisermos, pelo mesmo preço, exceptuado as bebidas. A resposta aos nossos pedidos foi sempre eficiente, embora quando escolhíamos pratos quentes demorasse naturalmente um pouco mais.


A Ementa (9/10)


Já conheci outros restaurantes japoneses que desiludem pela fraca variedade, que nos obriga a repetir pedidos e que nos transmite aquela sensação de que nunca há nada de novo. No entanto, ao olhar para a ementa do Sakura, há tanta variedade que se torna quase um crime repetir (pelo menos para mim, porque gosto de experimentar novos sabores). Imagine todos os nomes que conhece da gastronomia japonesa e depois acrescente-lhe mais uns pratos quentes para chegar à conclusão que até os mais cépticos poderão encontrar aqui pratos ao seu gosto.

A Apresentação (9/10)


 A apresentação é cuidadosa e elegante em recipientes adequados para cada prato.


A Refeição (8/10)


Se tivesse que descrever tudo o que provei, precisaria de umas largas dezenas de linhas. Nem tudo terá sido do meu agrado, especialmente as sobremesas que não são claramente o forte desta gastronomia. Tenho gostos mais orientados para a carne, daí que a ideia de comer peixe cru esteja longe de ser o meu ideal, mas adaptei-me facilmente a este conceito, porque a comida estava mesmo bem confeccionada e saborosa. Meto a minha colherada, dando ênfase aos pratos de carnes na chapa que demoram um pouco mais, mas que são mais semelhantes à nossa cultura, tornando a adaptação mais simples. Estava tudo muito bom, desde o simples Arroz aos Noodles, Nigiris, Tempuras, Sashimi, Makimono e especialmente as comidas quentes.

O Preço (6/10)


Para mim, qualquer rodízio padece sempre do mesmo problema: não é possível controlar os gastos! Tal como a maior parte dos restaurantes orientais, também o Sakura optou por preços diferenciados entre o almoço e o jantar, sendo o almoço um pouco mais barato. No entanto, seria muito estranho pedir apenas uma especialidade japonesa e ter que me contentar com isso, pois o sucesso deste conceito consiste mesmo em haver uma grande diversidade, como se fossem petiscos. A qualidade é inegável, mas o preço excede um pouco a concorrência que já é muita.

Preço médio por pessoa: 20€

Informação Extra


Morada: Rua Sousa Martins, Nº7 - Lisboa

Animais admitidos: Não

Estado: Activo
Data última visita: Setembro 2010 

Restaurante LBV 79

Pinhão - Alijó - Vila Real - Portugal

Não basta ter uma boa paisagem e uma bonita ementa 

(Decepcionante ..... 5,7/10)

Créditos: Foto de Tripadvisor

No Douro, muitos caminhos vão dar a Pinhão, seja através dos passeios de barco ou ao longo das estradas ribeirinhas que serpenteiam sincronizadamente com o rio, as serras repletas de vinhas que são a imagem de marca desta região. Decidi fazer-me à estrada numa noite para conhecer o caminho e a pacata, mas bonita e histórica vila do Pinhão. Tinha como referência outro restaurante, mesmo ao lado do LBV 79, mas fomos surpreendidos pelo encerramento precoce do estabelecimento devido a um problema de saúde de um dos donos. Sendo assim, e para não ficar tarde demais, optámos por não ir mais longe até porque o restaurante tinha bom aspecto.

O Local (9/10)


Embora seja uma localidade pequena na margem do rio, a sinalização é fraca e o acesso parece até improvável, porque passamos por ruas estreitas e até um pouco degradadas para chegar ao ponto de encontro de turistas que pretendem visitar a vila: o Lugar da Praia. Lá chegados, vale a pena contemplar o rio e a paisagem deslumbrante e romântica do Rio Douro num largo onde o estacionamento é abundante e a oferta de actividades é agradável, num espaço onde também se mistura a história da vila e a natureza.

O Espaço (7/10)


Por fora parece um espaço moderno, mas quando entramos somos remetidos para a recepção de um hotel de três estrelas onde está um bar meio obscuro. Depois do impacto, somos convidados a subir umas escadas para o restaurante, onde o ambiente desanuvia devido à bonita paisagem que se obtém através das grandes janelas. O espaço é moderno e cheio de pormenores acolhedores como um telhado de madeira clara e bem mantida, mas a reduzida dimensão da sala acaba por obrigar a que as pessoas fiquem muito apertadas ao ponto de alguns necessitarem de se levantar para deixar sair outros. O ambiente é familiar e convidativo, mas algo selectivo. Nota negativa para o ambiente excessivamente quente dentro do restaurante tendo em conta que estava uma agradável noite de verão.

O Serviço (4/10)


Estava tudo a correr bem até fazermos os pedidos. Eis quando começam as surpresas: o prato que pedi já não havia, portanto acabámos por pedir duas doses do mesmo prato para 3 pessoas. Já tinham passado alguns minutos quando aparecem a dizer que afinal só havia uma dose desse prato, o que me irritou bastante. Demorámos quase uma hora a ser servidos e os empregados novatos nem sabiam como lidar com a situação. Também não fiquei impressionado com a forma como pareciam ignorar a composição dos pratos que estavam a servir. A única referência positiva a dizer é que o serviço foi feito com alguma elegância. Mais tarde soubemos que o jovem dono tinha falecido há poucos meses e que tinha deixado um ambiente de consternação entre os empregados... talvez por isto esteja disposto a dar uma segunda oportunidade a este espaço.

A Ementa (7/10)


A ementa era mesmo prometedora! Nomes apetitosos e combinações interessantes que nos davam água na boca, mesmo tendo em conta que os preços não pareciam assim tão convidativos. Estava lá o Arroz de Tamboril e o de Marisco, assim como o Cabrito Assado, Porco Preto, Alheira, Cozido à Portuguesa, Bacalhaus e Saladas variadas (porque também se especializa em pratos vegetarianos). No que diz respeito a sobremesas a variedade não era muita, mas para quem gosta de gelados havia algumas alternativas.

A Apresentação (6/10)


A apresentação não era muito elaborada, apenas simples e cuidadosa.

A Refeição (6/10)


Fugimos das entradas, embora nos tenha apetecido uma Alheira a um preço excessivo, e consolámos-nos com pão e manteiga. 

Arroz de Marisco - estava muito bom de sabor, embora faltasse alguma substância em termos de quantidade de marisco.
Cabrito Assado com Castanhas - decepcionou a reduzida quantidade de castanhas, que até estavam saborosas, e a fraca qualidade dos bocados de cabrito que me calharam com muita gordura.

Já nem pedi sobremesa, porque achei que já estava a pagar demais por aquela refeição. Tive que me consolar com um restinho do Arroz de Marisco.

O Preço (3/10)


Os preços são exagerados e sinto que acaba por ser uma armadilha para os turistas endinheirados que chegam nos cruzeiros com vontade de uma refeição de luxo. Na realidade, só a paisagem, a elegância aparente do serviço e a ementa é que conseguem transmitir uma imagem de alta qualidade, mas há muitos outros pontos a corrigir, especialmente os preços dos vinhos da região que se revelaram muito mais caros do que qualquer outro restaurante da zona do Douro onde alguma vez fui. Em abono do restaurante e dos seus empregados, espero que tenham ultrapassado o duro golpe de perder o mentor do projecto e que tenham melhorado muitos aspectos.

Preço médio por pessoa: 25€

Informação Extra


Morada: Rua António Manuel Saraiva, 20 - Pinhão

Animais admitidos: Não

Estado: Activo
Data última visita: Agosto 2013