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Restaurante O Labrego

Feliteira - Torres Vedras - Lisboa - Portugal

[Encerrado] Labrego não devia ser nome de restaurante.

(Fraco ..... 5,3/10)

Créditos: Foto de Website O Labrego


Para esclarecer o título, temos que nos remeter ao dicionário para perceber o que significa a palavra Labrego, já que muitos o interpretam como "aldeão", mas quase todos pensam em algo mais popular como "rude" ou "grosseiro". Sem entender a razão que deu origem ao nome, sei de muita gente que apreciava a passagem por este espaço, mesmo ficando fora de todos os roteiros. Fui lá para comemorar um aniversário de um familiar e não posso dizer que tenha estado à altura dos elogios que lhe tinham sido atribuídos. Encerrou no final de 2013, mas segundo os clientes habituais já vinha a perder qualidades há alguns anos, especialmente desde o falecimento do dono original.


O Local (3/10)


Não estava situado no fim do mundo, mas encontrá-lo era coisa digna do acaso. Só quem levava indicações precisas e bem urdidas é que conseguia chegar à povoação Feliteira, perto de Dois Portos no concelho de Torres Vedras. Chegados à povoação, éramos remetidos para ruas estreitas e sem passeios onde identificar um restaurante praticamente sem letreiros, excepto umas letras gigantes inscritas na fachada de um antigo edifício que, dentro do carro, não eram muito visíveis. Para estacionar era necessário sair do zona do casario ou deixar a tapar o portão de alguém.

O Espaço (6/10)


Outra definição de Labrego também pode ser "rústico" e, neste aspecto, assentava que nem uma luva. A entrada feita através de uma porta antiga de acesso a uma tasca que também servia de mini-mercado era assustadoramente perigosa para quem tentava deixar o restaurante já que logo no primeiro passo estávamos no meio da estrada. Para quem entra fica aquela primeira imagem de antiguidade espartana, mas depois de passar por alguns pequenos compartimentos, conseguíamos atingir a sala de refeições que era ampla e simpática dentro do rústico quase extremo salvo pela imensa luz natural que brotava das janelas panorâmicas que ocupam toda a parede do fundo da sala, através das quais se via uma agradável vegetação. O ambiente era mais apropriado para grupos e absolutamente descontraído e simples. No fim da refeição, fui tomar o café para uma das salas da antiga tasca, para fugir ao ambiente interior do restaurante... boa decisão.

O Serviço (5/10)


A boa vontade e simpatia dos empregados não chegava para esconder algumas lacunas no serviço, já que os pratos chegaram muito separados uns dos outros, fazendo que alguns ficassem o tempo todo a olhar para os outros a comer, invertendo os papéis meia-hora depois. O facto de o grupo ser grande, embora com reserva, também complicou a logística e organização do serviço que não parecia estar tão habituado a tamanha avalanche de clientes. Como escolhemos quase todos a mesma coisa, pedimos para avaliar quantas doses seriam necessárias para tanta gente, em função do tamanho das mesmas e até aqui falharam rotundamente, trazendo mais doses que as necessárias (fomos obrigados a pedir para embalar o resto). De realmente positivo identifiquei a oferta de um agradável licor (Abafadinho) como aperitivo e a desenvoltura de uma das empregadas que se desdobrou em esforços para minimizar os efeitos da fraca experiência que tínhamos tido até ali.

A Ementa (3/10)


Fiquei absolutamente surpreendido quando percebi que basicamente só recomendavam dois pratos: o Cabrito e o Bacalhau Frito com Cebola, tudo o resto eram alternativas pobres e dedicadas a quem não gostava mesmo de nenhum daqueles pratos, tal como o habitual Bitoque ou uma Omelete. Em relação ás sobremesas havia gelados e algumas especialidades caseiras como o Pudim à Labrego e o Doce de Grão. As entradas não passavam das tradicionais azeitonas, enchidos e queijos. 

A Apresentação (5/10)


A apresentação das travessas era grosseira, tal como o nome do restaurante vaticinava.

A Refeição (6/10)


Quando a ementa é tão curta, fazemos uma elevadíssima expectativa dos pratos, mas mais uma vez senti uma certa desilusão. As entradas eram razoáveis, especialmente as azeitonas muito bem temperadas.

Vinho da casa - (que chegou em garrafas sem rótulos) era agradável.
Cabrito Assado - era bom e o esparregado era o que de mais surpreendente havia, mas nem as batatas nem o arroz (com ou sem miúdos) tinham nada de especial.
Bacalhau Frito com Cebola era bem mais interessante e saboroso.
Doce de Grão - muito bem combinado com nozes.
Pudim à Labrego - era mediano. 

O Preço (6/10)


Fora dos roteiros, sem ostentar uma qualidade acima da média, e apresentando um limitadíssimo leque de opções, acabou por sair muito caro devido à deficiente ajuda do empregado na definição das doses necessárias para todos. Calculado com mais rigor poderia ter tido um preço mais em conta, mas sempre acima do esperado. O encerramento acaba por não surpreender por este e muitos outros motivos, começando pela localização.

Preço médio por pessoa: 15€

Informação Extra


Morada: Avenida 25 de Abril, 9 - Feliteira

Animais admitidos: Não

Estado: Encerrado
Data última visita: Outubro 2006

4 comentários:

  1. Quando visitei Portugal adorei a comida e seus restaurantes. Agora quando voltar lá, darei uma olhadela em seu blog.
    Queria te dizer que gostei de seu blog e por isso já o estou seguindo.
    Abraços
    www.fatoscuriososdahistoria.com

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    1. Obrigado pela visita e pelo comentário Mauro. Seja sempre bem-vindo!

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  2. Passei e encontrei o seu blog, estive a ver e ler algumas coisas, não li muito, porque espero voltar mais algumas vezes, mas deu para ver a sua dedicação e sempre a prendemos ao ler blogs como o seu.
    Se me der a honra de visitar e ler algumas coisas no Peregrino e servo ficarei radiante,e se desejar fazer parte de meus amigos virtuais, esteja à vontade, irei retribuir.
    Mas por favor não se sinta coagido, siga apenas se desejar. deixo a benção de Deus.
    António.
    http://peregrinoeservoantoniobatalha.blogspot.pt/

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    1. Muito obrigado pela visita e pelo comentário António.

      Passarei certamente pelo seu blog, para retribuir a gentileza.

      Seja sempre bem-vindo!

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