AnuncioTopo

Cantinho de São Pedro

São Pedro de Penaferrim - Sintra - Lisboa - Portugal

Um cantinho apertado, mas bem frequentado. 

(Razoável ..... 6,8/10)



Créditos: Foto de Tripadvisor

Em épocas de crise, os clientes são mais selectivos e torna-se maia fácil perceber quais são os restaurantes de qualidade só de entrar lá dentro, seja pelo ambiente, quantidade ou pelo tipo de clientela. Neste cantinho, há uma circunstância que pode mudar muito a experiência: a feira de São Pedro que acontece num recinto onde habitualmente se estacionam as viaturas para aceder ao restaurante. Como tenho uma propensão para fazer cumprir a Lei de Murphy, fui lá num desses dias!

O Local (7/10)


Situado no centro de São Pedro de Penaferrim (conhecido como São Pedro de Sintra), estamos mesmo à porta de Sintra e numa zona onde não só estamos próximos das principais atracções da região, como podemos já sentir o ambiente do romantismo que caracteriza toda a envolvente de Sintra. O restaurante fica escondido num beco, num dos recantos da praça onde se realiza a famosa Feira de São Pedro todos os segundos e quartos Domingos do mês. O estacionamento é vasto quando não há feira, mas quase impossível em dias de feira.

O Espaço (8/10)


Quando entramos, sentimos que se trata de uma clientela selectiva num espaço rústico, mas com muito bom gosto, acolhedor, confortável e com algum requinte. O ambiente é calmo e recatado com famílias e casais que querem aproveitar a tranquilidade que se retira deste estabelecimento. Junto ás janelas consegue-se perceber o frenesim da feira (quando é dia dela) ou a preguiça de quem passa apenas em passeio turístico. Nas zonas mais interiores, a luminosidade muda e não me parece ser tão interessante, mas ainda assim tem o seu encanto.

O Serviço (7/10)


Não fizemos reserva, portanto fomos encostados a um cantinho bem apertado junto às escadas que dão acesso à porta de entrada, porque o restaurante estava lotado. O atendimento foi muito educado, com um toque de requinte que por vezes até pareceu exagerado e pouco fluido. Os pratos demoraram um pouco a chegar, talvez pelo facto de estar cheio, mas ao mesmo tempo por perceber que são feitos na hora, no forno. O problema do atendimento requintado é que se torna algo impessoal e só quando o empregado mudou é que sentimos um pouco mais de atenção e proximidade.

A Ementa (9/10)


É uma ementa bem variada, onde se pode escolher entre pratos simples ou mais sofisticados, até porque existe muita inspiração francesa nos pratos disponíveis bem visível logo na lista da entradas. No que diz respeito a pratos principais, existem grelhados, mas o que salta à vista são mesmo os pratos com inspiração francesa. As sobremesas são também de grande variedade continental, mas mais tradicionais.

A Apresentação (6/10)



A apresentação dos pratos está muito limitada aos recipientes de metal que vão ao forno, algo que não se revela muito atraente, mas a mistura de ingredientes e a forma de confecção acaba por dar uma imagem agradável e entusiasmante.



A Refeição (6/10)



A ideia de um restaurante inspirado na cozinha francesa terá criado uma expectativa elevada à qual não houve muita correspondência na qualidade. Saltámos as entradas e escolhemos:

Vinho da casa - que se revelou forte demais para o beber até ao fim.
Canoa de Salmão Gratinado - tinha um exagero de puré e pouco salmão que acabou por se mostrar demasiado simples.
Medalhões de Porco à Bordalesa - a carne era bem tenra e saborosa, embora o molho fosse um pouco monótono. 
Tarte de Maçã - também não se destacou e voltou a dar um certo ar de monotonia, pois basicamente parecia maçã cozida sem qualquer toque especial.

O Preço (6/10)


Não terá sido tão caro como inicialmente tinha previsto, mas também a qualidade não se revelou tão elevada como imaginava. É verdade que o espaço, o serviço e a ementa são muito apelativos, mas penso que terei que experimentar mais pratos para decidir melhor acerca da qualidade, porque tudo me pareceu algo insípido contra todas as perspectivas. Fugimos das entradas por causa do preço proibitivo (tão caras como os pratos principais), mas pode ser que tenham outro "elan" que marque a diferença.

Preço médio por pessoa: 20€

Informação Extra


Morada: Praça D. Fernando II, Nº18 - São Pedro de Sintra

Animais admitidos: Sim (a considerar na esplanada)

Estado: Activo
Data última visita: Dezembro 2014 

Restaurante o Fuso

Arruda dos Vinhos - Lisboa - Portugal

Quando apenas dois pratos fazem toda a diferença. 

(Bom ..... 7,5/10)

Créditos: Foto de Boa Cama Boa Mesa - O Expresso

Há conceitos simples que têm resultados extraordinários e até mesmo um restaurante fora de mão dos passeios dos lisboetas, consegue atingir uma popularidade notável baseada apenas no sucesso de dois pratos. Já lá tomei refeições em diferentes ocasiões, com diferente número de pessoas, mas sempre com o mesmo grau de satisfação. É uma aposta segura, desde que se goste de Bacalhau ou Costeleta, mas também há outras alternativas.

O Local (5/10)


Estamos em plena região saloia cujos limites sempre geraram controvérsia, mas a palavra em si caracteriza as populações rurais à volta de Lisboa. E no concelho de Arruda dos Vinhos continuamos a ter a ruralidade no seu esplendor. O posicionamento central do restaurante e o trânsito complicado, acaba por não funcionar muito a seu favor, porque o estacionamento é escasso e a envolvência não é das mais bonitas devido a alguns edifícios em mau estado, a própria fachada do restaurante não se pode dizer que seja muito apelativa, mas ao longo dos anos foram criados estacionamentos de boas proporções nos limites da pequena vila, que apenas obrigam a uma pequena caminhada de 200 metros, mas que ainda assim pode ser um pouco inconveniente em dias invernosos.

O Espaço (7/10)


Tem uma decoração totalmente rústica em tons de castanho onde se destaca a existência de um enorme Fuso (para moer a azeitona) e um Lagar de azeite. Existe um outro espaço numa zona no exterior, numa espécie de pátio tradicional, mas que foi coberta para proporcionar outro conforto, embora não tenha o mesmo ambiente rústico e acolhedor das salas interiores que também estão servidas por uma lareira. Naturalmente que a rusticidade tem alguns custos no conforto já que as mesas pesadas e as cadeiras de grandes proporções provocam alguma falta de flexibilidade no acomodamento dos clientes. É essencialmente visitado por famílias e é adequado para grupos tendo em conta o tamanho muito generoso das doses. O grande problema do fim de semana são as filas que se formam à entrada e que tornam o ambiente algo ruidoso e pouco descontraído.

O Serviço (7/10)


Confesso que tenho notado alguma irregularidade no atendimento e parece que depende muito do dia e da lotação do restaurante. Quando está cheio (especialmente aos almoços do fim de semana) nota-se uma certa degradação do serviço que se torna bem mais lento devido à excessiva ocupação das grelhas, mas ao jantar e durante a semana o atendimento é excelente e muito mais personalizado. A eficiência é elevada em contraponto com algum distanciamento e frieza no relacionamento com os clientes.

A Ementa (7/10)


A aposta em 2 pratos tem tido os seus frutos e muitas vezes as pessoas nem querem ver a ementa, porque a fama do Bacalhau Assado na Brasa e das enormes Costeletas de Novilho Grelhadas já deram nome ao restaurante, mas também há outras alternativas de peso no que diz respeito à tradição portuguesa. Também há entradas, onde os enchidos são o maior destaque e sobremesas dominadas pelas tartes de variedades diversas, mas será que alguém fica com vontade disso depois de uma refeição tão farta?

A Apresentação (5/10)


Na maior parte dos casos são doses para duas pessoas e chega tudo em grandes travessas onde a apresentação não está na ordem do dia, mas o aspecto é quase sempre suculento.

A Refeição (9/10)


Independentemente da fama dos pratos principais, já provei algumas entradas feitas na hora, sobremesas e outros pratos. De facto, a comida é a grande arma deste espaço e por isso tanta gente lá vai ao fim de semana.

Morcela - feita na hora e de alta qualidade.
Linguiça - feita  na hora e muito suculenta.
Bacalhau Assado na Brasa - chega numa enorme travessa com um azeite divinal.
Costeletas de Novilho - têm um sabor que nunca encontrei em mais lado nenhum e estão sempre no ponto.
Espetada de Novilho - não está à altura dos 2 pratos mais afamados, mas é muito bom também.  
Tarte de Amêndoa - agradável sem surpreender.
Tarte de Maçã - aconchegante sem surpreender.

O Preço (6/10)


Não é fácil pagar pouco, porque não há meias doses ou doses individuais, mas é perfeitamente possível pedir uma dose para dois que chegue perfeitamente para três pessoas, ou seja, se forem mais de 2 pessoas pode compensar muito na conta final. Na minha opinião não é o tipo de restaurante que se possa visitar frequentemente, mas é fantástico para os bons garfos! Noto, todavia, que os preços subiram em flecha nos últimos anos.

Preço médio por pessoa: 25€

Informação Extra


Morada: Rua Almirante Cândido dos Reis, 94-96 - Arruda dos Vinhos

Animais admitidos: Não

Estado: Activo
Data última visita: Dezembro 2014 

Ristorante Navona Notte

Roma (Piazza Navona) - Itália

Agradável surpresa no fim da refeição...

(Razoável ..... 6,8/10)

Créditos: Foto de Tripadvisor


Roma é uma cidade onde o turismo não se resume aos monumentos, museus e arquitectura. A comida é também mundialmente conhecida e são muitos os que chegam aqui literalmente com água na boca, ansiosos por provar esta gastronomia na sua origem. Este espaço consegue transmitir a qualidade e as receitas genuinamente italianas, não obstante o ambiente e decoração não logrem alcançar o mesmo efeito. Embora seja um restaurante popular e recomendado por muitos... temos uma agradável surpresa no fim da refeição.

O Local (8/10)


Situado perto da famosa Piazza Navona, tem a concorrência de inúmeros restaurantes que animam as apertadas ruelas, alguns dos quais igualmente famosos. Um condutor num veículo de duas rodas consegue lá chegar com alguma naturalidade, mas se quiser ir de transportes públicos ou de automóvel, bem pode esquecer. Até para andar a pé necessitamos ter cuidado para não esbarrar com os transeuntes que procuram afincadamente um lugar para a sua refeição. É uma zona antiga, mas muito animada e complementada por outros serviços como gelatarias, bares e lojas de souvenirs típicas das zonas mais turísticas de Roma.

O Espaço (6/10)


Existem duas zonas distintas, mas todos querem ficar na reduzida esplanada, que mesmo não tendo vista para lado algum, consegue proporcionar um verdadeiro ambiente romano tal é o rebuliço e o movimento dos transeuntes. A esplanada pode estar a abarrotar, mas lá dentro há sempre lugares vazios, porque o espaço demasiado quente e com uma decoração em tons suaves com mobília rústica e paredes decadentes, mas inteligentemente disfarçadas por pinturas de paisagens que lhe conferem uma atmosfera quase tropical, não é especialmente convidativo. O ambiente lá fora é vibrante e bem disposto, lá dentro é sombrio e até um pouco desleixado. Quase não vi jovens ao jantar, a média de idades era bem elevada e a única criança ia comigo. As mesas são muito pequenas e é difícil arrumar pratos, copos, talheres e outros recipientes sem ficar perto de um acidente.

O Serviço (5/10)


Fiquei um pouco baralhado com a nacionalidade dos empregados, não só pela sua aparência não europeia, mas também pelo facto de terem uma estranha pronúncia. O atendimento foi muito confuso, embora houvesse muitas mesas vazias no restaurante... aparentemente não queriam que apenas duas pessoas ocupassem uma mesa maior, por isso empurraram-nos para uma pequena mesa perto da casa de banho e muito longe da rua, talvez no ponto mais abafado do estabelecimento. O serviço foi um pouco displicente no inicio, mas depois foi evoluindo à medida que se foram afeiçoando à nossa presença e percebendo o nosso esforço para falar italiano com eles. É preciso chamar a atenção dos empregados quando queremos alguma coisa, porque o foco principal do atendimento está centrado na esplanada. Não há dúvida que há muito para melhorar no serviço da sala interior. Esperámos bastante pela refeição, mas achei compreensível tendo em conta que é tudo feito na hora no forno a lenha que está bem à vista.

A Ementa (8/10)


Há várias opções entre pizzas e massas onde a tradição romana está salvaguardada. Também podemos escolher saladas e houve até um prato de Massa com Mexilhões que me chamou a atenção, mas que achei melhor não inventar muito logo na primeira noite. Muitas entradas (primeiro prato) e algumas sobremesas que vi passar sempre com bom "ar".

A Apresentação (5/10)


A apresentação dos pratos é muito rústica e artesanal, as pizzas têm uma aspecto desleixado e pouco homogéneo, sendo que as massas chegam um pouco mais apuradas em termos visuais. Tudo contribui para uma refeição totalmente descontraída.

A Refeição (7/10)


Quando apareceu a pizza, percebemos que bastaria ter pedido uma para as duas pessoas, porque a dimensão da mesma era tão generosa que nem caberiam duas na pequena mesa onde fomos arrumados. 

Pizza Ai Funghi - escolhemos para uma criança e tive que ser eu a comer mais de metade. A massa da pizza era fina, estaladiça, com bons e bem servidos ingredientes, mas um pouco difícil de cortar. 
Spaghetti Amatriciana - estava delicioso e bem servido, embora com uma dimensão bem mais adequada. 

Tive medo do vinho da casa, porque tinha ouvido criticas negativas, por isso escolhi uma bela cerveja de 1/2 litro para refrescar. Para sobremesa, já não havia barriga que aguentasse, mas tendo em conta as que vi passar, pareceu-me que o tamanho da dose da sobremesa era inversamente proporcional ao das pizzas e a um preço exagerado.

O Preço (9/10)


A surpresa agradável está reservada para o final, porque efectivamente o valor a pagar para um restaurante popular, com doses generosas e com uma localização turística ficou aquém das minhas expectativas. Se soubesse da dimensão dos pratos poderia ainda ter pago bem menos ao optar por uma pizza para duas pessoas.

Preço médio por pessoa: 15€

Informação Extra


Morada: Via del Teatro Pace 44 - Roma

Animais admitidos: Sim (na esplanada)

Estado: Activo
Data última visita: Abril 2014 

Restaurante Pavilhão de Caça

Albernoa - Beja - Portugal

Num Hotel, longe de tudo, para relaxar... 

(Razoável ..... 6,7/10)

Créditos - Foto de Pedro Silva (OpinaRestaurantes)

É o restaurante do Hotel Vila Galé Clube de Campo e foi visita quase obrigatória quando lá estive hospedado. Num raio de 10Km não existem alternativas, portanto mesmo que ache o preço um pouco elevado, lembre-se do combustível que teria de gastar, especialmente à noite em que a visibilidade das estradas circundantes é quase nula devido ao seu posicionamento isolado em estradas secundárias. O Hotel tem o seu charme, com um pequeno zoológico, uma adega, piscinas, spa e parque infantil, sendo que o restaurante acompanha a qualidade.

O Local (7/10)


Albernoa fica a 25Km de Beja, mas o Hotel fica fora da localidade, num extremo da Albufeira da Barragem do Roxo e no meio de um triângulo entre Beja, Aljustrel e Castro Verde. O acesso é bem difícil, podendo ser feito ao sair da IP2 a meio caminho entre Beja e Castro Verde, ou pela N18 a meio caminho entre Ervide e Beja, seguindo estradas de qualidade irregular. Quanto ao lugar em si, seja qual for a direcção em que olhemos, só conseguimos descortinar montes, planície e um pouco da água da barragem, é como estar num pequeno oásis perdido na imensidão do Alentejo. O espaço acaba por servir também o pequeno almoço, mas encontra-se num edifício independente da recepção o que lhe confere alguma identidade própria, mas sempre com o problema de se encontrar dentro do espaço do Hotel.

O Espaço (8/10)


O bom gosto está presente numa decoração simples mas adequada e polivalente. O isolamento faz com que o restaurante só esteja cheio com clientes do Hotel, portanto é natural que nas épocas baixas o movimento seja muito reduzido, como foi o caso, porque fomos no início da primavera. O ambiente tem tudo para ser sossegado e relaxado, excepto se os clientes tiverem crianças ruidosas, até porque os preços não são para todas as bolsas o que faz logo uma selecção prévia. O espaço é confortável, recorrendo a cores quentes e acolhedoras numa decoração sóbria. Nos dias mais quentes é possível usufruir de uma pequena esplanada, por baixo de um telheiro, com vista para a imensidão alentejana. No inverno, há lareira para aquecer o ambiente.

O Serviço (6/10)


Como é habitual neste tipo de Hotéis, promove-se a elegância do serviço para poder justificar o preço mais elevado. Efectivamente, todos os detalhes foram pensados e é perceptível uma certa formalidade que só se esbate na simpatia com que lidam com as crianças. O ponto menos interessante terá sido a demora em trazer os pratos para a mesa, que num dos dias nos conduziu quase ao desespero por haver uma criança esfomeada e inconsolável. Ainda assim, fomos criando empatia com uma das empregadas que já sabia o que nós gostávamos.

A Ementa (8/10)


Começo por observar que existe um menu com 2 ou 3 alternativas para crianças, a um preço mais económico e que é o ideal para evitar surpresas com os sabores tradicionais alentejanos que nem sempre são do agrado dos pequenos. Quanto ás escolhas para os adultos são principalmente carnes, especialmente variedades do porco preto e algumas opções de caça. A ementa é um pouco curta, mas também está representada a fauna marítima. Entre as sobremesas e as entradas há produtos típicos do Alentejo. Tem uma bela carta de vinhos, mas promove essencialmente os locais e muito especialmente o Vinho de Santa Vitória.


A Apresentação (7/10)


A apresentação dos pratos das crianças é divertida e cuidada, mas pouco prática na hora de comer. Já a comida dos adultos tem uma apresentação simples e sóbria.

A Refeição (7/10)


Não esteve isento de falhas, especialmente ao encontrar o ponto exacto da confecção das carnes. Várias vezes pedi para cozinhar um pouco mais, mas percebia-se a qualidade dos produtos e o carinho com que eram tratados. Fugimos sempre um pouco das entradas, porque eram bastante caras.

Vinho Santa Vitória - agradável e com o preço mais acessível.
Presunto - de altíssima qualidade.
Paio do Lombo - muito bom, mas não tanto como o presunto.
Secretos de Porco Preto - é claramente a especialidade que mais se destaca, suculentas e de qualidade.
Entrecosto - não deslumbra.
Costeletas - não deslumbra.
Feijoada de Lebre - nem sequer está nas minhas escolhas habituais, mas estava razoável.
Sericaia - dose generosa e saborosa.
Mousse de Chocolate - era mesmo caseira, mas doce demais.
Douradinhos de Peixe (criança) - básico.
Esparguete à Bolonhesa (criança) - básico. 


Confesso que nunca fiquei verdadeiramente deslumbrado com algum dos pratos, nem sequer com as versões para criança, mas ainda assim senti-em sempre relativamente bem servido.

O Preço (5/10)


Conjugam-se vários factores que proporcionam condições favoráveis a um preço acima da média, mas é algo muito comum nos Hotéis, especialmente quando têm uma localização particular. Gostei da ementa para crianças, embora naturalmente limitada em escolhas, mas ainda assim uma possibilidade de reduzir os custos... ou não, se nos deixarmos entusiasmar. A qualidade está acima do razoável, mas o preço também e há ainda algumas arestas a limar na cozinha.

Preço médio por pessoa: 25€

Informação Extra


Morada: Hotel Rural Vila Galé Clube de Campo - Herdade da Figuerinha - Santa Vitória - Albernoa

Animais admitidos: Não

Estado: Activo
Data última visita: Abril 2008 

Satélite dos Bifes (Carnaxide)

Carnaxide - Oeiras - Lisboa - Portugal

[Encerrado] Ainda pergunto porque terá fechado... 

(Agradável ..... 7,0/10)


Saliento que este Satélite dos Bifes é o de Carnaxide, mas ainda existem outros com o mesmo conceito nas redondezas, nomeadamente em Miraflores. Visitei dezenas de vezes este restaurante não só ao almoço pela via profissional, mas também ao jantar como solução para aqueles dias em que apetecia jantar fora, mas sem sair muito da minha área de conforto. Quando encerrou fiquei sem perceber os motivos, embora possa matar saudades num dos outros restaurantes com o mesmo nome, mas não é a mesma coisa.

O Local (6/10)


A Avenida do Forte, em Carnaxide, não é dos locais mais bonitos, porque se trata de uma zona empresarial, mas como está enclausurada entre várias zonas residenciais acaba por estar acessível a muitas pessoas que até poderiam deslocar-se a pé sem fazer mais de 500 metros. O estacionamento pago durante o dia não afasta as pessoas que ali trabalham e, à noite, como passa a ser gratuito não tem razão para afastar os outros clientes. O facto de estar logo à saída da A5, numa zona em que já não há portagens, também o torna muito prático para quem se desloca entre Lisboa e Cascais.

O Espaço (7/10)


Estamos a falar de um ambiente típico de cervejaria, com paredes brancas quase despidas de decoração, mas com metade da sala envidraçada com vidros fumados que permitiam ver a rua e trazer uma luminosidade agradável especialmente ao fim da tarde no Verão. É um espaço bem amplo e confortável embora um pouco quente nos dias de maior calor devido à longa e larga exposição ao sol. Para os amantes de desporto, as televisões são convidativas a uma refeição mais prolongada entre amigos, mas o ambiente é muito familiar e não tão barulhento como a maior parte das cervejarias.

O Serviço (6/10)


Há empregados para todos os gostos, desde o "gingão" até ao simpático, desde o atrevido até ao sisudo, por isso é importante escolher a zona que seja da responsabilidade do empregado com a personalidade que queremos. Claro que por vezes trocam-nos as voltas e temos que marcar a nossa posição, mas nunca tive problemas de maior. Às vezes o serviço é lento, mas se escolher bem os horários acaba por fluir bastante bem. É sempre um serviço informal e descontraído.

A Ementa (9/10)


Os bifes são a figura principal da ementa, especialmente os bifes na frigideira com opção de molho de manteiga e alho, mostarda ou vinho branco. Para além disso há também omeletas com diversas combinações de ingredientes, mariscos e outros petiscos. A lista de sobremesas não é muito especializada, tem apenas os doces mais comuns.

A Apresentação (6/10)


A apresentação é agradável com cada ingrediente no seu recipiente e com doses razoáveis, mas sem cuidados especiais.

A Refeição (7/10)


Invariavelmente escolhi o Bife da Vazia na Frigideira com molho de Manteiga e Alho, porque sempre foi o meu preferido e o preço é mais convidativo para a sua qualidade excelente.

Bife na Frigideira (molho de Manteiga e Alho) - bife suculento com os acompanhamentos tradicionais.
Bife na Frigideira (molho de Mostarda) - bife suculento com os acompanhamentos tradicionais, mas o molho tira protagonismo ao bife.
Bife na Frigideira (molho de Vinho Branco) - bife suculento com os acompanhamentos tradicionais, mas o molho não acrescenta nada de novo.
Casco de Sapateira - solução excelente para os dias mais quentes, mas o sabor é muito variável conforme a qualidade da mesma.
Gambas ao Alhinho - entrada que é uma das especialidades da casa e vale bem a pena.
Mousse de Chocolate - de pequenas proporções, mas caseira, com boa consistência e de sabor intenso.

Para beber... sempre cerveja, porque não há melhor acompanhamento para estes pitéus. 

O Preço (8/10)


Não tem o melhor bife na frigideira de sempre porque nenhum dos molhos se destaca verdadeiramente, mas a qualidade da carne e dos mariscos é visível e nunca achei muito caro o que paguei. Comparando com outras cervejarias, o preço é até acessível se formos pragmáticos nas escolhas, daí ter ido lá tantas vezes.

Preço médio por pessoa: 15€

Informação Extra


Morada: Avenida do Forte, Nº8 - Carnaxide
Website: N/A

Animais admitidos: Não

Estado: Encerrado
Data última visita: Setembro 2012 

Restaurante O Albertino

Folgosinho - Gouveia - Guarda - Portugal

Fama controversa entre quantidade e qualidade.

(Mediano ..... 6,1/10)

Créditos: Foto de Boa Cama Boa Mesa - O Expresso


Acho extraordinário quando um restaurante consegue, só por si, dar nome e fama a uma aldeia. Se não fosse o Albertino, quase ninguém saberia onde é Folgosinho, especialmente porque para lá chegar temos que percorrer uma longa estrada que não tem continuação numa das zonas menos turísticas da Serra da Estrela. Algumas pessoas que conheço na região, falavam com elevação e orgulho deste restaurante como sendo uma espécie de luxo praticável apenas em dias especiais e inatingível caso não fosse programado com muita antecedência.

O Local (8/10)


Estamos no Parque Natural da Serra a Estrela, mas longe do rebuliço turístico numa encosta menos visitada e menos interessante. Um pouco a norte de Gouveia, encontramos o caminho para Folgosinho e vamos subindo até ao fim da estrada depois de passar por muitos terrenos inóspitos. Quando chegamos deparamos-nos com uma aldeia típica e bem preservada onde as viaturas se passeiam por ruelas empedradas até encontrar alguns dos largos onde se consegue estacionar. Vale a pena dar um passeio a pé e conhecer o micro-castelo no ponto mais alto. Há estacionamento mais fácil fora do centro histórico, mas ainda um pouco longe do restaurante.

O Espaço (5/10)


Existem vários espaços interiores e cheios de iluminação artificial, distribuídos por diferentes pisos, mas é tudo muito apertado e onde a decoração não tem muita relevância, existe até um excesso de simplicidade e facilitismo que me obrigou a ficar sentado ao lado de uma arca frigorífica sem qualquer tipo de visão periférica e exposto ao ruído do motor da mesma. É um local de romarias e não é estranho encontrar excursões a entrar pelo estabelecimento, tornando-o numa espécie de supermercado de almoços. No meio de tudo isto, só mesmo uns laivos de decoração serrana conseguem salvar a situação.

O Serviço (6/10)


Deixa uma sensação agridoce, porque o atendimento é muito competente e eficiente, mas com um toque algo industrial em que o cliente é visto como uma fonte de rendimento e não como um visitante a quem se deve agradar. Senti que os pratos eram trazidos de uma forma mecânica, como se estivesse numa qualquer cantina e senti falta da simpatia e cordialidade tão típica desta região. Seja como for, apostam forte na eficiência e nesse capítulo não tenho absolutamente nada a apontar. Nota negativa para o facto de ter que ir ao bar para consumir o café após a refeição.

A Ementa (7/10)


O sistema que implementaram pretende facilitar o trabalho da cozinha de modo a poderem servir o maior número de pessoas possível em duas sessões em que o restaurante está sempre lotado. Trata-se de um menu que inclui uma sequência de pratos que nos deixa a rebentar pelas costuras em pouco tempo. Tudo isto faz parte da eficiência que elogiei no critério anterior. Também pode escolher um prato apenas, mas o preço não compensa, já que paga tanto por um prato como pelo menu inteiro que inclui entradas e sobremesa. Se não estiver interessado em carne ou neste menu, pode também escolher alguns peixes, mas apenas por encomenda.

A Apresentação (5/10)


A apresentação dos pratos é algo tosca e grosseira, mas coerente com o método.

A Refeição (6/10)


Para mim, o melhor da refeição está nas entradas, porque são produtos regionais e cuja qualidade reconhecida não engana desde os queijos às morcelas e chouriças, incluindo o fantástico pão. Quando chegamos aos pratos principais, ficamos com a sensação de que cada um daquele pratos poderia ter tido uma confecção bem mais cuidada se não estivessem englobados no menu turístico. 

Entradas (enchidos e queijos) - do melhor que já provei.
Arroz de Cabidela de Coelho - saboroso, mas um pouco industrial,
Cabrito Assado - agradável, mas não tive muita sorte com os pedaços que me serviram.
Vitela de Folgosinho - (que só servem ao fim de semana) é de grande qualidade.
Leitão - é uma desilusão, embora seja uma região onde o Leitão não é tão tradicional assim, mas fica a sensação de que os bocados não têm uma temperatura homogénea e que já foram reaquecidos, ficando muito longe da qualidade da Bairrada e de Negrais.
Javali com Feijão - em condições normais, seria uma das minhas primeiras escolhas, mas também não posso dizer que tenha ficado acima da média. 
Leite Creme - gostoso e bem servido.
Requeijão com Doce de Abóbora - muito bom, não estivéssemos na região de excelência de ambos os produtos.


O Preço (6/10)


Se este critério se chamasse preço por quantidade teríamos aqui uma nota máxima, mas como é da qualidade que se trata acaba por sair um pouco prejudicado pelo facto de existir um preço fixo que não permite fazer o controlo dos custos (que para mim é fundamental). Por outro lado, a qualidade da refeição está longe de ser de topo, pese embora ninguém poder ter o descaramento de dizer que saiu de lá com fome. De facto, já é bom não haver surpresas desagradáveis na factura, mas ainda assim, se quiser apenas escolher um prato vai ter que pagar um valor nada adequado à qualidade.

Preço médio por pessoa: 20€

Informação Extra


Morada: Largo do Adro de Viriato, Nº8 - Folgosinho

Animais admitidos: Não

Estado: Activo
Data última visita: Junho 2009 

Petiscaria Espumanteria 9 & 24 (agora Adega Vadia)

Casas Novas - Sintra - Lisboa - Portugal

Não serve apenas para petiscar... 

(Bom ..... 7,7/10)

Créditos: Foto de Tripadvisor

Existem cada vez mais espaços a promover o tradicional petisco português servido de uma forma mais elegante. Nem sempre estamos dispostos a uma refeição convencional fora da hora do almoço, portanto torna-se uma excelente opção quando apenas nos apetece petiscar num ambiente acolhedor. Mas aqui também se servem refeições completas e não há nada melhor que poder escolher de entre várias alternativas. Entretanto houve mudança de proprietário, mas o conceito de petiscos parece manter-se, embora toda esta avaliação possa estar deturpada.

O Local (6/10)


Estamos em plena Serra de Sintra, mas ao mesmo tempo perto de tudo: praias, cultura, monumentos e a beleza da natureza extraordinária desta região. Ao chegar tem uma placa que diz "Restaurante a Adega", mas não se deixe enganar, porque ambas as designações são válidas já que este espaço ficou conhecido como tal. Quem vai de Colares para o Cabo da Roca, deve virar à esquerda logo após Almoçageme, no sentido contrário é à direita quando observar as placas Casas Novas, Penedo e Restaurante a Adega. Existe pouco estacionamento, porque a aldeia é pequena, estreita e não é um ponto de passagem.

O Espaço (9/10)


Quando entramos, vemos a cozinha aberta à direita e deparamos-nos com uma decoração cheia de lembranças de épocas passadas: livros da escola, fotografias, revistas, cartazes, LP's e até um ZX Spectrum que tantas boas memórias me trouxe. O ex-libris do espaço acaba por ser a roupa interior estendida numa corda a um canto da sala, algo que não é totalmente inovador (já tinha observado este tipo de decoração humorística no famoso Restaurante Maria, no Alandroal), mas que acaba por dar um toque muito engraçado. O ambiente é muito descontraído e a clientela parece ser muito familiar, já que muitas das pessoas que entravam iam cumprimentar os donos e outros clientes. A lareira acesa também deu um toque de conforto ao ponto de nem nos apercebermos de que lá estava. Só não gostei de verificar que havia uma grande televisão ligada num canal desportivo... útil para alguns clientes, mas não para mim.

O Serviço (8/10)


Apenas uma pessoa a atender, mas de uma forma muito honesta, educada e simpática, para não falar da eficiência. Tive sempre um tratamento muito especial, nas várias vezes que lá fui. A ementa chega através de um quadro em ardósia que o empregado transporta e explica de forma sucinta o que me pareceu uma forma original de quebrar o gelo. Olhar para a cozinha e ver a organização e aprumo latente em cada pedido também ajudou a valorizar esta avaliação.

A Ementa (8/10)


A variedade de escolha é relativa, mas nas paredes e na entrada somos convidados a provar os petiscos para só mais tarde percebermos que também existem pratos principais. A lista de petiscos é curiosa, porque atribui nomes carinhosos a cada um, sem revelar de imediato do que se trata. Os Chicos Espertos são Pimentos Padron, os capacetes são Cogumelos recheados com Farinheira, as Lascas são Casca de Batata e tudo isto acrescenta um toque pitoresco à fase da escolha. No entanto, também podemos escolher Moelas, Costeletas, Bitoque, Bacalhau, Iscas e alguns outros produtos tipicamente portugueses. 

A Apresentação (7/10)


Não existem dois pratos iguais, há copos de várias nações e somos servidos em loiça antiga e tradicional portuguesa. Os petiscos chegam com uma apresentação simpática e prática.

A Refeição (7/10)


Quando falamos em petiscos, acabamos por lidar com produtos de que nem todos gostam, por isso é importante escolher bem. 

Pimentos Padron Salteados - bem salgados e saborosos embora eu prefira os maiores.
Queijo no Forno com Oregãos - um festival para o palato, acho que era capaz de fazer uma refeição só com aquele queijo barrado nas tostas e um copo de vinho, mas em outras ocasiões não estava tão perfeito.
As Lascas (cascas de batata) - estavam um pouco gordurosas, mas a maionese de coentros que as acompanhava fazia esquecer esse pormenor. 
Cogumelos com Farinheira (capacetes) - estavam excessivamente condimentados para os estômagos mais frágeis e, por serem apenas dois, dificilmente satisfariam a fome a alguém.
Mexilhões - São dos melhores que já comi.
Farinheira com Ovos - muito bons embora algo gordurosos.
Croquetes de Alheira - não gostei muito e achei algo caro.
Vinho da casa (Ermelinda de Freitas) - qualidade garantida e escorrega muito bem.

O Preço (9/10)


Foi sem dúvida uma agradável surpresa quando percebi que era perfeitamente possível controlar os gastos escolhendo mais ou menos petiscos e gerindo bem as bebidas. Até o preço do vinho e do café se revelou absolutamente honesto. A qualidade dos produtos é indesmentível e o preço acabou por ser uma agradável surpresa para um jantar num espaço tão acolhedor e fora dos roteiros turísticos mais tradicionais da Serra de Sintra.

Preço médio por pessoa: 12€

Informação Extra


Morada: Largo das Casas Novas, Nº1 - Casas Novas - Colares

Animais admitidos: Não

Estado: Nova Gerência e novo nome (Adega Vadia)
Data última visita: Maio 2017